sábado, 23 de julho de 2011

E se o monstro norueguês fosse árabe?

Rosto de um monstro

O homem que invadiu um acampamento da Juventude Trabalhista da Noruega e matou mais de 80 jovens está preso. É norueguês e um tipo perfeitamente nórdico: louro, alto, de olhos claros, nada em comum com os muçulmanos.
A BBC diz que ele tem, segundo a polícia, “opiniões políticas voltadas para a direita, anti-islâmicas”.
Pelo fato de ter comprado seis toneladas de fertilizantes, a partir dos quais se pode produzir explosivos, ele também é suspeito do atentado contra os escritórios do governo norueguês, também do Partido Trabalhista.
Se fosse um árabe, a esta altura muitos estariam clamando por retaliações e criando justificativas para invasão ou dominação de algum país rico em petróleo.
Mas não é.
Será que são preciso situações monstruosas como esta para que a gente pare de raciocinar com racismo e preconceito religioso?
Quem não se lembra que, aqui, buscou-se relacionar o atirador de Realengo com o islamismo? E agora, quando precipitadamente atribuíram a explosão a uma organização árabe.
É este tipo de intolerância que alimenta os delírios racistas que alimenta personalidades doentias capaz de tais loucuras.
Após os ataques em Oslo e Utoeya, será interessante observar se muitos países vão desenvolver uma visão mais sofisticada e atenta a respeito de onde vêm as maiores ameaças, em meio ao entendimento de que o extremismo pode ser mortal, independente de nacionalidade, etnia, religião e posicionamento político.
Segundo o jornal norueguês Aftenposten o medo é aumentado pela mistura potencialmente explosiva de recessão econômica, aumento do racismo e um sentimento anti-islâmico ainda mais forte. A polícia norueguesa notou um leve aumento da atividade de grupos extremistas de direita no ano passado e previu que ela continuaria a crescer este ano. Mas sugeriu também que o movimento seria fraco, sem um líder e tinha pouco potencial de crescimento.
Qual será a atitude governos contra essa direta conservadora e racista? Fiquem atentos a essa direita nos países europeus, nos EUA e alguns emergentes que querem copiar esse preconceito e o capitalismo segregacionista.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O Globo não publica respostas do MST.

Do sítio do MST:

O jornal O Globo publicou uma reportagem no domingo (17/07) para questionar por que os brasileiros não saem às ruas para protestar contra a corrupção. Para fazer a matéria, os repórteres Jaqueline Falcão e Marcus Vinicius Gomes entrevistaram os organizadores das manifestações de defesa dos direitos dos homossexuais e da legalização da maconha e a Coordenação Nacional do MST.
A repórter Jaqueline Falcão enviou as perguntas por correio eletrônico, que foram respondidas pela integrante da coordenação do MST, Marina dos Santos, e enviadas na quinta-feira em torno das 18h, dentro do prazo.
A repórter até então interessada não entrou mais em contato. A reportagem saiu só no domingo. E as respostas não foram aproveitadas. Por que será?
Abaixo, leia as respostas da integrante da Coordenação Nacional do MST, Marina dos Santos, que não saíram em O Globo (e jamais irão sair).
Por que o Brasil não sai às ruas contra a corrupção?
Arrisco uma tentativa de responder essa pergunta ampliando e diversificando o questionamento: por que o Brasil não sai às ruas para as questões políticas que definem os rumos do nosso país? O povo não saiu às ruas para protestar contra as privatizações – privataria – e a corrupção existente no governo FHC. Os casos foram numerosos - tanto é que substituiu-se o Procurador Geral da Republica pela figura do “Engavetador Geral da República”.
Não saiu às ruas quando o governo Lula liberou o plantio de sementes transgênicas, criou facilidades para o comércio de agrotóxicos e deu continuidade a uma política econômica que assegura lucros milionários ao sistema financeiro.
Os que querem que o povo vá as ruas para protestar contra o atual governo federal – ignorando a corrupção que viceja nos ninhos do tucanato - também querem ver o povo nas ruas, praças e campo fazendo política? Estão dispostos a chamar o povo para ir às ruas para exigir Reforma Agrária e Urbana, democratização dos meios de comunicação e a estatização do sistema financeiro?
O povo não é bobo. Não irá às ruas para atender ao chamado de alguns setores das elites porque sabe que a corrupção está entranhada na burguesia brasileira. Basta pedir a apuração e punição dos corruptores do setor privado junto ao estatal para que as vozes que se dizem combater a corrupção diminua, sensivelmente, em quantidade e intensidade.
Por que não vemos indignação contra a corrupção?
Há indignação sim. Mas essa indignação está, praticamente restrita à esfera individual, pessoal, de cada brasileiro. O poderio dos aparatos ideológicos do sistema e as políticas governamentais de cooptação, perseguição e repressão aos movimentos sociais, intensificadas nos governos neoliberais, fragilizaram os setores organizados da sociedade que tinham a capacidade de aglutinar a canalizar para as mobilizações populares as insatisfações que residem na esfera individual.
Esse cenário mudará. E povo voltará a fazer política nas ruas e, inclusive, para combater todas as práticas de corrupção, seja de que governo for. Quando isso ocorrer, alguns que querem ver o povo nas ruas agora assustados usarão seus azedos blogs para exigir que o povo seja tirado das ruas.
As multidões vão às ruas pela marcha da maconha, MST, Parada Gay...e por que não contra a corrupção?
Porque é preciso ter credibilidade junto ao povo para se fazer um chamamento popular. Ter o monopólio da mídia não é suficiente para determinar a vontade e ação do povo. Se fosse assim, os tucanos não perderiam uma eleição, o presidente Hugo Chávez não conseguiria mobilizar a multidão dos pobres em seu país e o governo Lula não terminaria seus dois mandatos com índices superiores a 80% de aprovação popular.
Os conluios de grupos partidários-políticos com a mídia, marcantes na legislação passada de estados importantes - como o de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul - mostraram-se eficazes para sufocar as denúncias de corrupção naqueles governos. Mas foram ineficazes na tentativa de que o povo não tomasse conhecimento da existência da corrupção. Logo, a credibilidade de ambos, mídia e políticos, ficou abalada.
A sensação é de impunidade?
Sim, há uma sensação de impunidade. Alguns bancos já foram condenados devolver milhões de reais porque cobraram ilegalmente taxas dos seus usuários. Isso não é uma espécie de roubo? Além da devolução do dinheiro, os responsáveis não deveriam responder criminalmente? Já pensou se a moda pegar: o assaltante é preso já na saída do banco, e tudo resolve coma devolução do dinheiro roubado...
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em recente entrevista à Revista Piauí, disse abertamente: “em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015. E aí, acabou.(...) Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional.”
Nada sintetiza melhor o sentimento de impunidade que sentem as elites brasileiras. Não temem e sentem um profundo desrespeito pelas instituições públicas. Teme apenas o poder de outro grupo privado com o qual mantêm estreitos vínculos, necessários para manter o controle sobre o futebol brasileiro.
São fatos como estes, dos bancos e do presidente da CBF – por coincidência, um dos bancos condenados a devolver o dinheiro dos usuários também financia a CBF - que acabam naturalizando a impunidade junto a população.

Podemos acreditar nesse tipo de jornalismo? Publica apenas o que lhe convém... 


terça-feira, 19 de julho de 2011

O MÉTODO MURDOCH

Rupert Murdoch comparece ao Parlamento britânico nesta 3º feira (19/07) para prestar contas sobre um império construído à base de grampos, dossiês, subornos, chantagens, conluio policial e destruição de reputações a serviço do preconceito e do ódio conservador. Oito jornalistas do News of the World já foram detidos; a cúpula da polícia inglesa caiu por conivência com os delitos; o primeiro-ministro David Cameron está encurralado diante das evidencias de um intercurso obsceno entre os interesses do seu governo e os do conglomerado midiático News Corporation. Por fim, o autor das primeiras denúncias contra o método Murdoch de jornalismo foi encontrado morto, nesta 2º feira, em seu apartamento, em Londres. O Parlamento britânico prestaria um inestimável serviço à liberdade de imprensa se fosse além das circunstancias policiais suscitadas pelo escândalo que já atravessou o Atlântico e argui as relações entre a Fox News de Murdoch e a extrema direita encastelada no Tea Party nos EUA. É necessário dar voz às questões que o conservadorismo em geral, e a mídia brasileira, em particular, quer tangenciar: o ovo que gerou a serpente chama-se oligopólio midiático. A ausência de um ordenamento regulatório que assegure o discernimento da sociedade com base no equilíbrio e na pluralidade de opiniões, consolidou a excrescência de um método que tomou de assalto o jornalismo para fazer dele uma arma contra a democracia.
A sociedade e a justiça precisam dar um basta  nesses monopolios midiáticos que alienam e desinformam a população. São grupos poderosos que agem sem escrúpulos, sem consideração ética ou moral.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

IBGE mostra queda na migração entre regiões do Brasil.


Estudo indica que saiu mais gente do que entrou no Sudeste; no Nordeste, número de retirantes diminuiu em dez anos



As metrópoles não são mais o principal destino do fluxo migratório entre as regiões brasileiras e essa mobilidade diminuiu na última década, aponta pesquisa divulgada nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as principais mudanças, estão a perda de capacidade de atração populacional da região Sudeste, que apresentou saldo negativo no período, e a diminuição no número de pessoas que deixam o Nordeste.
Os dados mostram que o número de migrações entre regiões vem apresentando queda. De 1995 a 2000, 3,3 milhões de pessoas deixaram a região em que viviam. O número caiu para 2,8 milhões, entre 1999 e 2004, e chegou a 2 milhões no intervalo de 2004 a 2009.
A região Sudeste, entre 2004 e 2009, teve mais gente partindo do que chegando (saldo de negativo de 12,4 mil) e o Nordeste, de onde saía boa parte de pessoas em busca de melhores condições de vida em outros estados do país, a perda de população ocorreu em escala mais de três vezes menor. A região saiu de um déficit migratório de 764 mil pessoas em 2000 para 187 mil em 2009.
Bahia e Maranhão continuam sendo estados dos quais muitos habitantes saem. O principal destino dos emigrantes maranhenses é o Pará, enquanto a maioria dos baianos (56%) vai para São Paulo
A migração do Nordeste para o Sudeste, intensa durante o século XX, enfraqueceu desde 1995. Em 2000, quase 1 milhão de pessoas deixaram o Nordeste rumo ao Sudeste. De 2004 a 2009, o número recuou para 548 mil e 444 mil, respectivamente.

Metrópoles deixam de ser principal destino.
A pesquisa mostra que, apesar de concentrarem 30% da população do país, as grandes metrópoles não são mais o principal destino dos emigrantes. Das cidades com altas taxas de crescimento populacional influenciadas também pelo fluxo migratório (o equivalente a 8% do total de municípios brasileiros), nenhuma tem mais de 500 mil habitantes. De acordo com o levantamento, o crescimento dessas cidades tem sido observado nos últimos 30 anos, mas ficou mais evidente no último censo demográfico.
A cidade de São Paulo, por exemplo, viu cair pela metade o número de migrantes recebidos na última década. Em 2000, o maior município do país havia recebido 1,2 milhão de novos imigrantes ao longo dos cinco anos anteriores. Em 2004, o número caiu para 832 mil e chegou a 535 mil em 2009 – número 43,7% menor do que o do início do período.
Por outro lado, as cidades com população de até 10 mil habitantes (27% dos municípios do país) perderam moradores. Segundo o IBGE, essas localidades têm o Produto Interno Bruto (PIB) – soma das riquezas e bens produzidos – muito baixo e pouco dinamismo econômico, o que estimularia a migração por melhores condições de vida.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

ONU alerta para drama de somalis que não conseguem fugir de seca


Região conhecida como Chifre da África vive a pior seca registrada nos últimos 60 anos. A ONU alertou para a grave situação de milhares de pessoas passando fome na Somália e disse que as que conseguiram fugir para a Etiópia tiveram "sorte".


Uma porta-voz do Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP, na sigla em inglês), Judith Schuler, disse à BBC que milhares de pessoas estão fugindo da seca na Somália e alcançando campos de refugiados na Etiópia. Ela disse estar preocupada com aqueles que, por pobreza ou sem condições de fazer a longa jornada pelo deserto, estão ficando para trás.
A região conhecida como Chifre da África - situada no nordeste do continente e abrangendo a Somália, Etiópia, Eritreia, Quênia, Uganda, Djibuti e Sudão - vive a pior seca dos últimos 60 anos.
Segundo o WFP, mais de 110 mil pessoas chegaram aos campos já lotados, situados na localidade remota de Dolo Ado, no sudeste da Etiópia. Outros 1.600 estão cruzando a fronteira da Etiópia diariamente.
Schuler disse ter ficado impressionada ao conversar com uma refugiada. "Ela me disse: 'Chegamos aqui e temos sorte. Muitos não tiveram condições financeiras de fazer a viagem e simplesmente ficaram para trás'".
Refletindo sobre a situação dos que ficaram, Schuler comentou:
"Muitos deles vão provavelmente lutar pela sobrevivência da forma como puderem, com os poucos recursos que lhes restam". A porta-voz disse que os que conseguem alcançar o campo, por outro lado, chegam em condições terríveis.
"Todos estão exaustos", disse Schuler. "Muitos caminharam durante oito ou dez dias. Alguns viajaram quatro dias de caminhão e depois andaram por três dias".
Segundo a porta-voz, os refugiados relatam que o que dificulta a viagem é a falta de comida.
"(Os viajantes) não tinham o que comer, tiveram de pedir esmolas para conseguir comida. E você vê que estão em estado grave de desnutrição, especialmente as crianças".
Sabemos que essas pessoas precisam desesperadamente de comida, por isso estamos fazendo o possível para ajudar.
Suprimentos
A operação de transporte de alimentos para os campos em Dolo Ado envolve uma longa e perigosa jornada. Cerca de 50 caminhões fazem a viagem, que dura dez dias, a cada mês. Os alimentos são trazidos de Djibuti até os campos, próximos da fronteira com o Quênia.
Em maio, dois veículos foram atacados por rebeldes. Uma pessoa foi morta e outra ficou ferida. Outras duas foram sequestradas, mas acabam de ser libertadas.
Crise
Segundo a ONU, mais de dez milhões de pessoas estão sendo afetadas pela seca no Chifre da África.
No caso da Somália, conflitos políticos já vinham provocando a fuga de cidadãos rumo ao Quênia. Mas a forte temporada de secas e a alta no preço dos alimentos dificultaram ainda mais a situação de milhões de somalis.
O país é palco de um confronto entre o grupo islâmico Al-Shabab e um governo de transição, que tem o apoio das tropas de paz da União Africana.
O alto comissário da ONU para os refugiados, António Guterres, considerou neste domingo (10/07)que a seca na Somália é o pior desastre humanitário no globo, enquanto visitava o maior campo de refugiados do mundo, em Dadaab, no Quénia.
Os grandes culpados por essa situação de pobreza extrema e conflitos são as potencias européias que sugaram e sugam os recursos naturais da África. Não podemos esquecer as Nações bipolares durante a famigerada Guerra Fria também  tiveram a sua parcela de culpa.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Projeto alternativo ao AI-5 digital já está na rede.


Já está aberto, no portal e-Democracia, a discussão do projeto alternativo ao malsinado projeto Eduardo Azeredo, que ficou conhecido como “AI-5 Digital”.
A proposta esta aberta às sugestões dos cidadãos por enquanto há apenas dois tipos de ações puníveis.
1 - A interferência, não autorizada, em sistemas informatizados, com o objetivo de “obter vantagem ilícita”, agravado quando há destruição de arquivos, violação de dados confidenciais e “controle remoto” clandestino destes sistemas.
2 -  Torna crime a distribuição de vírus (malware, ou códigos maliciosos) na rede, agravado também pela destruição de arquivos no computador-alvo do ataque.
Ao contrário do projeto do Deputado Azeredo, protege-se o usuário da web do armazenamento de seus dados nos provedores, exceto para o acesso. Pune-se a violação de computadores, não o que se fala na rede.
As regras para participar do e-Democracia estão explicadas no site. Basta se cadastrar e participar do grupo de discussão.
Não deixem de participar ou acompanhar as discussões. O “projeto AI-5 digital “ é uma forma de controle da internet que vai beneficiar uma minoria, lembrem-se que as redes sociais crescem rapidamente e os grandes grupos midiáticos do Brasil querem “controlar” esse setor, já pensou?  

sábado, 2 de julho de 2011

Aniversário de 90 anos e os rumos do PC chinês

Hu Jintao adverte PC chinês, aos 90 anos, sobre ameaça da corrupção.  Discurso de Hu Jintao, de 90 minutos, foi transmitido ao vivo pela TV chinesa
O presidente da China, Hu Jintao, advertiu nesta sexta-feira (01-07), durante as comemorações dos 90 anos do Partido Comunista Chinês, que a corrupção pode custar ao partido a perda de legitimidade e da confiança da população. O Partido Comunista Chinês (PCC) é considerado o maior partido político do mundo, com 80 milhões de afiliados.
Durante o discurso desta sexta-feira, Hu Jintao falou sobre os obstáculos que a China superou no último século e as realizações do PCC “na revolução, no desenvolvimento e na reforma”.
“Em alguns períodos históricos, nós cometemos erros e até sofremos reveses sérios, cuja raiz foi que nosso pensamento-guia estava divorciado da realidade da China”, afirmou, sem especificar.
Para analistas, a referência pode ter sido aos períodos do Grande Salto Adiante e da Revolução Cultural, promovidos por Mao Tsé-tung, que levaram à morte de milhões de pessoas. Os livros oficiais de História chinesa, aprovados pelo PCC, dizem que Mao acertou em 70% do tempo e cometeu erros em 30%.
“Nosso partido conseguiu corrigir os erros pela sua própria força e pela força do povo, levantou-se em meio aos reveses e continuou a avançar vitoriosamente", afirmou.
Discurso de Hu Jintao
“Hoje, uma vibrante China socialista emergiu no Oriente e o 1,3 bilhão de chineses estão marchando adiante, cheios de confiança sob a grande bandeira do socialismo com características chinesas”, disse.
Hu advertiu, porém, que o PCC se confrontava com “dores do crescimento” e que a “incompetência” de alguns de seus membros e seu “divórcio do povo” haviam criado problemas para o país.
Segundo ele, a corrupção, se não controlada efetivamente, poderá ameaçar a legitimidade do partido. “A corrupção custará ao partido o apoio e a confiança do povo”, disse. “Não podemos transformar nosso poder em um instrumento para ganhos pessoais de um punhado de indivíduos”, advertiu.
Celebrações
O discurso do presidente foi apenas um de centenas de eventos organizados para celebrar os 90 anos da fundação do PCC.
Houve apresentações de gala, programas especiais na TV, concursos de canto e o lançamento de um filme patriótico, O Começo do Grande Renascimento, com a participação das principais estrelas do cinema chinês.
O governo também inaugurou nesta semana, como parte das celebrações, uma nova linha de trem-bala, entre Pequim e Xangai, que custou US$ 33 bilhões, e pretende iniciar ainda nesta sexta-feira testes com o primeiro porta-aviões chinês.
Apesar das comemorações realizadas neste 1º de julho, o partido foi fundado, na realidade, no dia 23 de julho de 1921 em Xangai por um pequeno grupo de intelectuais, incluindo Mao Tsé-tung.
O partido chegou ao poder em 1949 após derrotar o Partido Nacionalista em uma longa e sangrenta guerra civil. Sob a liderança de Mao, o partido iniciou em 1958 o Grande Salto Adiante, uma campanha para aumentar a produção industrial durante a qual milhões de pessoas morreram de fome por conta da queda na produção agrícola.
Outros milhões morreram durante a Revolução Cultural, lançada por Mao em 1966 para romper com a cultura tradicional chinesa e “purificar” o partido.
Após a morte de Mao, em 1976, seu sucessor, Deng Xiaoping, introduziu reformas de abertura de mercado que ajudaram a impulsionar o crescimento chinês e levar o país ao posto atual de segunda maior economia do mundo.
Apesar da abertura e do desenvolvimento econômico, que tirou centenas de milhões de pessoas da pobreza, a China permanece sob um regime político fechado dominado pelo Partido Comunista.
Reunião do PC, aniversário 90 anos

O pior Ibope da história da TV Globo


Por Altamiro Borges (Patria Latina)
O jornalista Ricardo Feltrin, editor de entretenimento da Folha, publicou nesta sexta (01) uma nota bombástica sobre a queda de audiência da poderosa TV Globo:

"A Globo viu seu ibope em junho crescer 0,4 ponto na Grande São Paulo em relação a maio: de 16,6 para 17 pontos. Mesmo assim a emissora teve o menor ibope já registrado nesse mês, desde que a audiência das TVs passou a ser medida, em 1970. O resultado vale para a chamada faixa comercial, das 7h à 0h.

Até então, junho de 2008 fora o pior de todos, com média de 17,1 pontos. Historicamente, junho é um dos meses em que as TVs estão mais ligadas, e quando há mais pessoas diante dos aparelhos. A equação frio + mês de provas + poupar dinheiro para as férias iminentes faz com que, na média, 43% das TVs estejam ligadas - um dos índices mais altos em situação de normalidade (quando não há grandes catástrofes ou competições).

Para efeito de comparação, em junho do ano passado a Globo marcou 18,5 pontos, mas então havia a Copa da África - que, curiosamente, também não elevou o ibope da emissora em relação ao junho anterior (2009), quando também havia marcado 18,5 pontos".

O gráfico que acompanha a matéria é ainda mais impressionante. Mostra que a audiência da TV Globo está definhando de forma acelerada. Em 2006, apenas quatro anos atrás, a média foi de 25,7 no Ibope. Agora, em junho, foi de 17 pontos. Cada ponto equivale a 58 mil casas ligadas na Grande S.Paulo.

Crise na direção da emissora

Vários fatores explicam o acentuado declínio. Há a migração das telinhas da TV para os computadores conectados à internet - um fenômeno mundial, que atinge principalmente a juventude. Há também o aumento da concorrência com a TV por assinatura, que cresceu no Brasil nos últimos quatro anos.

Seja qual for o motivo, a queda da audiência constatada pelo insuspeito Ibope - que sempre serviu aos interesses da poderosa TV Globo - deve gerar uma baita dor de cabeça nos filhos de Roberto Marinho. Nos bastidores, a emissora inclusive já discute como se tornar mais "popular" e há fortes boatos de que algumas cabeças globais devem dançar, com mudanças na sua direção.

Será que os brasileiros estão ficando livres desse vício alienante produzido pela globo e outras emissoras? Tomara que sim. Por enquanto, vamos torcendo para que a "grande e arrogante" globo caia mais ainda.....que bom......