segunda-feira, 26 de maio de 2014

Brasil cumpre meta da ONU e reduz mortalidade infantil, fome e miséria.

A meta de reduzir a mortalidade infantil em dois terços em relação aos níveis de 1990 até 2015 foi cumprida em 2011, quatro anos antes do prazo.
O Brasil atingiu a meta assumida no compromisso "Objetivos de Desenvolvimento do Milênio" de reduzir em dois terços os indicadores de mortalidade de crianças de até cinco anos. O índice, que era de 53,7 mortes por mil nascidos vivos em 1990, passou para 17,7 em 2011. Os números integram o 5º Relatório Nacional de Acompanhamento, divulgado nesta sexta-feira (23/05), em Brasília, pelo governo.
A meta foi atingida antes do prazo estipulado, 2015. O Brasil cumpriu integralmente dois dos oito Objetivos do Milênio (ODM) das Nações Unidas (ONU) com anos de antecedência
O número de mortes de crianças com até cinco anos caiu no Brasil, aponta relatório divulgado nesta sexta-feira (23/5) pela presidente Dilma Rousseff. Segundo o documento que acompanha os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio firmado com a ONU, o país atingiu a meta de diminuir em dois terços a mortalidade infantil, antes da data esperada.
Os dados do relatório mostram que a incidência de mortes de crianças com menos de cinco anos passou de 53,7 óbitos por mil nascidos vivos em 1990, para 17,7 em 2011. Segundo o tratado, o Brasil deveria cumprir a meta depois que fossem avaliados os dados de 2015, daqui a quatro anos.
O relatório detalha que a queda da incidência de mortalidade foi mais intensa na faixa etária de um a quatro anos. Agora, o problema acontece, em especial, no período neonatal, que são os primeiros 27 dias de vida. O Nordeste também acompanhou o decréscimo, aponta o documento. Na região, a taxa de mortalidade na infância caiu de 87,3, em 1990, para 20,7 óbitos por mil nascidos vivos, em 2011.
Responsável pela produção do documento, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) informou que a conquista da meta tem a ver com a melhoria do acesso à água e saneamento básico. Em 1990, apenas 70% da população tinha acesso à água e 53%, moravam em residências com ligação à rede coletora de esgoto ou com fossa séptica. Em 2012, as porcentagens aumentaram para, respectivamente, 58,5% e 77%.
Mortalidade na infância
O relatório preparado pelo governo mostra que a queda mais significativa registrada na mortalidade na infância ocorreu na faixa entre um e quatro anos de idade. Atualmente, o problema está concentrado sobretudo nos primeiros 27 dias de vida do bebê, o período neonatal. Embora o documento ressalte que o Brasil conseguiu cumprir a meta à frente de uma série de países, o texto admite que o nível de mortalidade até os cinco anos ainda é elevado. A desigualdade regional sofreu uma redução, no entanto, Norte e Nordeste ainda apresentam taxas superiores a 20 óbitos de crianças com menos de cinco anos por mil nascidos vivos. Na região Sul, são 13 por mil nascidos vivos.
Acesso à água
O relatório também ressalta o alcance integral da meta de reduzir à metade o porcentual da população sem acesso a saneamento. A meta foi atingida em 2012. De acordo com o trabalho, em 1990 53% da população vivia em moradias com rede coletora de esgoto ou com fossa séptica. Em 2012, o porcentual subiu para 77%. O acesso à água também melhorou nesse intervalo, de 70% para 85,5%.
Pobreza extrema
A meta brasileira para essa área é mais ambiciosa que a mundial. O compromisso era reduzir a pobreza extrema a um quarto do nível de 1990 até 2015. De acordo com o relatório, em 2012, o nível da pobreza extrema era menos de um sétimo do nível de 1990. Pelos cálculos do governo, 3,6% da população vive com menos de R$ 70 mensais.
De acordo com o trabalho, a pobreza extrema entre idosos está praticamente erradicada, graças à inclusão em programas sociais e à política de valorização real do salário mínimo. A desigualdade racial persiste, embora em menor grau. Em 2012, a probabilidade da extrema pobreza entre negros era o dobro da verificada na população branca. Um em cada 20 negros era extremamente pobre. Entre brancos, o risco é de um entre 46.
Educação primária

Em 2012, 23,2% dos jovens de 15 a 24 anos não haviam completado o ensino fundamental. Embora o porcentual ainda seja expressivo, o relatório argumenta que os números brasileiros já foram muito piores. Em 1990, 66,4% dos jovens não haviam completado os anos de estudo. O porcentual de crianças de 7 a 14 anos frequentando o ensino fundamental passou de 81,2% para 97,7%. Informações da Agência Brasil

sábado, 10 de maio de 2014

América Latina tem sete eleições presidenciais em 2014.


Além do Brasil, outros seis países latino-americanos escolhem seus presidentes neste ano. Duas eleições já aconteceram: em El Salvador, em março, e na Costa Rica, em abril. Depois é a vez de Panamá, Colômbia, Bolívia e Uruguai.
Em El Salvador, quem venceu foi após dois turnos – o primeiro em 02 de fevereiro, o segundo em 09 de março – foi Salvador Sánchez Ceren da FMLN (Frente Farabundo Martí para Libertação Nacional), legenda de centro-esquerda, a mesma do atual presidente, Mauricio Funes.
De acordo o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), ele teve 50.11% (1,495,815 votos), enquanto o segundo colocado, Norman Quijano, do partido Arena (Aliança Republicana Nacionalista), teve 49.89% (1,489,451 dos votos). Sánchez Ceren assume em 1º de junho.
O futuro presidente da Costa Rica será Luis Guillermo Solís, do partido Ação Cidadã, de centro-esquerda, com cerimônia de posse marcada para 08 de maio. A eleição aconteceu em dois turnos, um em 02 de fevereiro e o outro em 06 de abril.
O segundo colocado foi Johnny Araya, candidato do partido governista, Partido Libertação Nacional (PLN). O PLN esteve na liderança do Executivo nos últimos oito anos com Óscar Arias (2006-2010) e com Laura Chinchilla (2010-2014).
Solís teve 77.77% do total, o equivalente a 1.338,321 votos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral. Araya teve 22.23%, 382,600 votos. No mesmo dia, além da eleição presidencial, aconteceram as eleições legislativas.
No Panamá as eleições serão em 04 de maio, tanto para presidente e vice como para os 71 deputados da Assembleia Nacional e para prefeituras.
O atual presidente, Ricardo Martinelli, cujo mandato começou em 2009, não pode concorrer novamente. O candidato governista é José Domingo Arias, do partido Mudança Democrática (Cambio Democrático). Arias é empresário da indústria têxtil e foi ministro de Moradia (Vivienda y Ordenamiento Territorial) e vice-ministro de Comércio Exterior do atual governo.
As pesquisas de intenção de voto apontam Arias como primeiro colocado com números que variam entre 39% e 35%. O segundo da lista é Juan Carlos Navarro, do oposicionista de centro-esquerda PRD (Partido Revolucionário Democrático), com 32 %. O terceiro nome nas pesquisas é Juan Carlos Varela, do Partido Panameñista, atual vice-presidente, com 25%.
Em 25 de maio, as eleições acontecem na Colômbia.
Juan Manuel Santos, atual presidente, é candidato novamente pela coalizão Unidade Nacional. Ele é sucessor do último mandatário, Álvaro Uribe. Além dele, favorito nas pesquisas, outros quatro candidatos formalizaram candidatura.
As seguintes acontecerão apenas no segundo semestre, primeiro no Brasil, em 05 de outubro. Em 12 de outubro, a Bolívia escolherá seu presidente e o vice, mais 130 deputados e 36 senadores – data anunciada em abril pelo Tribunal Eleitoral.

No Uruguai, as eleições serão em 26 de outubro, marcando o final do primeiro mandato de José Pepe Mujica, presidente do Uruguai. Ele não poderá concorrer a outro mandato subsequentemente. Seu pré-candidato é o ex-presidente Tabaré Vázquez (2005-2010), da mesma coalizão, Frente Ampla, de esquerda. Os uruguaios vão escolher também 99 deputados e 30 senadores