domingo, 26 de fevereiro de 2017

Mais de 360 refugiados morreram tentando chegar à Europa pelo Mediterrâneo só neste ano.

O número de refugiados mortos no mar Mediterrâneo chegou a 366 em 2017, segundo dados publicados nesta sexta-feira (24/02) pela OIM (Organização Internacional para as Migrações). De acordo com as informações obtidas pela instituição, apesar da diminuição do número de refugiados que chegaram à Europa pelo mar, houve um aumento das mortes em comparação com o mesmo período de 2016.
Segundo a organização, 13.924 pessoas chegaram à Europa pelo mar em 2017 até o dia 22 de fevereiro, com 75% dos migrantes e refugiados chegando à Itália, enquanto o restante entrou no continente por Grécia e da Espanha.       Durante o mesmo período de 2016, foram registradas 105.427 chegadas, o que representa uma redução de cerca de 86% do número de migrantes que entraram na Europa por essa região.
No entanto, o número de mortes em 2017 aumentou mais de 370% em comparação com os primeiros 53 dias de 2016, período em que 97 pessoas perderam a vida tentando cruzar o Mediterrâneo, considerada a rota de migração mais letal em 2016 pela OIM e Acnur (Agência da ONU para Refugiados). No total, foram mais de 5.000 vítimas na região no ano passado.
Do total de vítimas, 326 morreram ou desapareceram na rota central do Mediterrâneo – da Líbia à Itália. A União Europeia aprovou no começo do mês medidas de cooperação com a Líbia e países vizinhos para fechar a rota central do Mediterrâneo e “destruir o modelo de negócios de traficantes”.

Atualmente, a rota central do Mediterrâneo é a principal via de entrada de imigrantes na UE, em sua maioria através da Itália, segundo comunicado publicado pelos líderes europeus na cúpula de Malta. Segundo o presidente da Comissão Nacional para o Direito de Asilo da Itália, o governo italiano bateu o recorde de pedidos de asilo e refúgio em 2016, com 123 mil solicitações. (FONTE: Opera Mundi).