O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos,
Zeid Ra'ad Al Husein, criticou duramente as políticas migratórias
"cínicas" adotadas nesta segunda-feira pela União Européia, acusando
Bruxelas de transformar o Mediterrâneo em um "grande cemitério".
"A Europa dá as costas a alguns dos emigrantes mais vulneráveis do mundo e corre o risco de transformar o Mediterrâneo em um vasto cemitério", declarou Zeid em um comunicado divulgado depois dos últimos naufrágios registrados em frente à costa européia e que poderiam somar mais de mil mortos.
"A Europa dá as costas a alguns dos emigrantes mais vulneráveis do mundo e corre o risco de transformar o Mediterrâneo em um vasto cemitério", declarou Zeid em um comunicado divulgado depois dos últimos naufrágios registrados em frente à costa européia e que poderiam somar mais de mil mortos.
O balanço oficial do último naufrágio, ocorrido no
domingo, é de 24 mortos e 28 resgatados com vida, mas o número de vítimas
fatais poderá ser consideravelmente maior. Segundo os sobreviventes, a bordo da
embarcação estavam pelo menos 700 pessoas.
Para este encarregado das Nações Unidas, os europeus deveriam reconhecer que precisam de mão de obra pouco qualificada e admitir que os refugiados têm o direito de receber proteção.
Para este encarregado das Nações Unidas, os europeus deveriam reconhecer que precisam de mão de obra pouco qualificada e admitir que os refugiados têm o direito de receber proteção.
Zeid exortou os governos dos países da UE a
adotarem "um enfoque mais corajoso e menos cínico", acusando-os de
ceder aos movimentos populistas xenófobos em ascensão no bloco.
O funcionário criticou a falta de vias legais
implantadas para os emigrantes e demandantes de asilo.
Na tarde de segunda-feira, a União Européia
convocou uma reunião de emergência dos ministros do Interior e das Relações
Exteriores europeus, e revelou um plano de ação com 10 medidas para fazer
frente às tragédias no Mediterrâneo
."Estou horrorizado, mas não surpreso com a tragédia",
assegurou Zeid.
"Estes mortos e as centenas que os precederam nos últimos meses eram previsíveis", acrescentou, destacando que as mortes eram o resultado de um fracasso adapta à situação atual, por estar "antes destinada a controlar as fronteiras marítimas que a salvar vidas".
"Estes mortos e as centenas que os precederam nos últimos meses eram previsíveis", acrescentou, destacando que as mortes eram o resultado de um fracasso adapta à situação atual, por estar "antes destinada a controlar as fronteiras marítimas que a salvar vidas".
O presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha, Elhadj As Sy, usou termos similares, ao lançar um apelo para "por um fim à indiferença que transforma o Mediterrâneo em um grande cemitério". As Sy deve ir na terça-feira para Catania, na Sicília, aonde foram levados os sobreviventes do naufrágio do domingoda governança e de uma
"imensa falta de compaixão".
Também pediu à comunidade internacional que abra
uma investigação independente sobre os naufrágios no Mediterrâneo e
comprometeu-se a apoiá-la
.O alto funcionário da ONU considerou que a
operação européia de vigilância marítima Triton não se