sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ESPIÃO GLOBAL ou PIG (Partido da Imprenssa Golpista)

O jornalista William Waack, da Rede Globo, se tornou um dos assuntos mais discutidos no Twitter nesta quinta-feira graças a supostos documentos da Wikileaks que o apontariam como informante do governo americano. Apesar de vagas e desencontradas, algumas informações são verdadeiras. O Informe JB entrou em contato com a jornalista Natalia Viana, responsável pela Wikileaks no Brasil, que confirmou a história. Waack é citado não apenas uma, mas três vezes como informante da Casa Branca. Dois dos documentos que o citam são considerados “confidenciais”.

Nos documentos vazados pelo Wikileaks, o jornalista Fernando Rodrigues, colunista da Folha de S. Paulo, também aparece como informante, em encontro na embaixada dos EUA.
Numa conversa de 2006, Rodrigues teve um encontro com representantes da embaixada americana, e disse entre as quatro paredes que o TCU (Tribunal de Contas da União) era aparelhado politicamente pelos demo-tucanos, e tinha relatórios feitos para usar como batalha partidária da oposição contra o governo.
Disse que o tribunal faz análises não confiáveis e seus noves ministros são geralmente ex-senadores ou ex-deputados escolhidos por seus colegas para atuarem partidariamente. Rodrigues citou nominalmente o ministro Aroldo Cedraz, a quem classificou como “carlista” – ligado ao finado Antonio Carlos Magalhães.
De acordo com os documentos, Rodrigues também fazia análises políticas para a embaixada americana e avaliou o cenário da Câmara em 2006, que teve como oponentes Arlindo Chinaglia, do PT, e Aldo Rebelo, do PCdoB. Rodrigues disse que, se Aldo perdesse, ganharia como prêmio de consolação o Ministério da Defesa (o que não ocorreu).
Agora, com a publicação de O Dia sobre os telegramas diplomáticos que revelam seu comportamento, vazados pelo Wikileaks, estão obrigados a dar explicações públicas.
Já não podem dizer que a informação é obra de “blogueiros sujos”.
Colher informações, para um jornalista, é sua obrigação.
Fornecer informações, éticamente, é algo que só ao leitor se faz.
Não a diplomatas estrangeiros, ainda mais nas sombras.
Isso tem outro nome, que deixo ao leitor a tarefa de lembrar qual.

O Brasil e as assombrações.

                                               
 Por Assis Ribeiro
Do Tijolaço
Mr. Summers, o Brasil e as assombrações.




“Summers lembrou que, em 1999, quando negociava com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seus “bons amigos” Pedro Malan (então ministro da Fazenda) e Armínio Fraga (então presidente do Banco Central) para ajudar o Brasil a sair de uma crise, seria inimaginável pensar que, 12 anos depois, o Brasil “conseguiria acessar o mercado internacional em condições melhores não apenas que Grécia, Portugal, Espanha e Bélgica, mas também França”.

Não era inimaginável, Mr. Summers, apenas não se queria imaginar isso. O Brasil, na cabeça de seus “bons amigos” era aquela coisinha miúda, que botava uma roupinha imitando as da corte e entrava ali, “limpando os pé” e se portando direitinho, dizendo que faria tudo “direitinho”, para os “moço tratá nóis bem”.

Ficou famoso o vídeo em que o chefe de Summers, o então presidente Bill Clinton – até com certa grosseria,diga-se de passagem – passa uma descompostura em Fernando Henrique Cardoso, que pedia para os países ricos adotarem um imposto sobre transações financeiras especulativas, o que ele mesmo não fazia aqui, muito ao contrário.

Ao contrário, a ordem aqui era dar mais e mais liberdade de especular e ainda entregar, praticamente sem desembolso, o nosso patrimônio ao capital internacional.

E o nosso país – tal qual nosso presidente de então – era sempre, “bonzinho” e disposto a fazer – ah, como aquelas assombrações arrogantes que povoam a nossa história econômica recente, os bons amigos de Mr. Summers, repetiam isso… – “o dever de casa”.

Mas na reportagem, Mr. Summers diz que o Brasil não tem sido “imune” ao nacionalismo econômico, criticando medidas que privilegiam empresas e produtores nacionais em detrimento dos estrangeiros. Segundo ele, é algo “tentador” no curto prazo, mas que no longo prazo não tem efeito positivo.

Mr. Summers, Mr. Summers, o senhor, que gostava tanto de citar a frase de Lord Keynes – quando mudam as circunstâncias, eu mudo de opinião – , não está vendo que as economias que não se protegem, como era a brasleira no tempo em que seus “bons amigos” a dirigiam, ficam estagnadas e vão para o brejo a cada solavanco que vocês arranjam lá, nas obsoletas locomotivas da economia mundial?
Não vê que seu país está em crise, torcendo para que a economia chinesa venha, como a cavalaria nos filmes de faroeste, salvar a atividade e o emprego nos EUA?

O Brasil sempre foi o que era, Mr. Summers, porque seus governantes sempre foram como seus “bons amigos”.

O senhor faria bem, como recomendava Keynes, se mudasse de opinião e visse que o nacionalismo econômico – bem dosado, sem xenofobia e primarismos – é o único caminho para o desenvolvimento dos países. Como, aliás, foi para os EUA. E junto com a mudança de opiniões poderia, também, mudar de amizades.

FOTO. Que lastimável cena de servidão, olha só a cara de felicidade e "puxa-saquismo" do FHC, lamentavel uma vergonha para a nossa soberania.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Cláudia Costin repudia novela da Globo que estimula não estudar. Vão criticá-la igual a Ministra Iriny?

Cláudia Costin é Secretária municipal de Educação da prefeitura do Rio de Janeiro (gestão peemedebista do prefeito Eduardo Paes), e manifestou protestos contra a falta de responsabilidade social da TV Globo.
A novela Fina Estampa escolheu uma música para cena de baile funk cuja letra estimula jovens a não estudar. A personagem Solange (Carol Macedo) rebola no baile funk e canta a música "Dez no popozão", cuja letra é esta:
... Eu odeio redação / mas requebro até o chão / Não sou boa no estudo / levo zero em quase tudo / Reprovada no provão / tirei dez no popozão / Meu diploma é de funkeira / vem comigo meu irmão / Põe a mão no popozão / e requebra até o chão.
Como se não bastasse a letra desestimulando o estudo, a "obra prima" de Agnaldo Silva exibiu a personagem em uniforme oficial das escolas da Prefeitura do Rio, na primeira vez em que apareceu cantando a música. E sem autorização da prefeitura.
Costin criticou:
“No momento em que toda a sociedade realiza um esforço conjunto para melhorar a educação pública no Rio e em todo o país, a Secretaria Municipal de Educação considera lamentáveis as imagens exibidas em Fina Estampa em que Solange enfatiza, em seus diálogos, o descompromisso com a educação e preconiza o fracasso escolar. As imagens acabam estigmatizando a educação pública, uma vez que a personagem, em uma das cenas, utilizou, sem autorização, o uniforme oficial das escolas da Prefeitura do Rio”.

Cláudia Costin ocupou diversos cargos em administrações e ONG's tucanas. Foi até ministra da Administração no governo FHC, e secretária estadual de cultura no governo Alckmin (2003-2005).
E agora? O Agninaldo Silva, o Reinaldo Azevedo, o Ricardo José Delgado (Noblat), o Augusto Nunes, a loira-burra da revista Época vão dizer o mesmo que disseram da ministra Iriny Lopes?
Vão fazer piadas, ridicularizando-a? Vão dizer que a Cláudia Costin está censurando? Interferindo na "obra prima" do autor? Na "liberdade de expressão"?
Vão dizer que Costin está com inveja do popozão da atriz global, como falaram da ministra?
O cartunista Chico Caruso fará charges com Cláudia Costin de mini-short dançando o funk "Dez no popozão"? "Globo e você, tudo a ver".....
Esta rede de "comunicação" mostra um verdadeiro desserviço ao Brasil, até quando vamos suportar? ACORDEM BRASILEIROS, SEJAM CRÍTICOS. 

Movimento ocupa Wall Street.

Os participantes do movimento Occupy Wall Street (Ocupem Wall Street) devem espalhar sua concentração da Baixa Manhattan em Nova York para protestar em diferentes áreas da cidade, segundo a organização das manifestações citada pela emissora americana de TV CNN.
Uma marcha planejada para a tarde desta terça-feira terá entre o roteiro passar em frente a casas de grandes empresários, como o executivo-chefe do JP Morgan, Jamie Dimon, o bilionário David Koch e o presidente da News Corporation, Rupert Murdoch.
Desde o início da ocupação, de acordo com a CNN, os manifestantes não foram para longe do centro da cidade, onde está o epicentro dos protestos no Zuccotti Park.
Ontem, o magnata Russell Simmons, o músico Kanye West e o reverendo Al Sharpton foram ao local apoiar a causa da ocupação, que é contra a ganância que dizem prosperar no centro financeiro de Wall Street, a inaptidão política contra a crise e o poder exercido pelos americanos mais ricos.
De segunda para terça-feira, a polícia de Boston prendeu cerca de 60 pessoas que participavam dos protestos que ecoaram na região, de acordo com o departamento policial local, após desrespeitarem um ultimato para deixarem o bairro que haviam ocupado. Ontem, cerca de 30 pessoas foram presas em Iowa e também já houve detenções em Nova York e Washington.
O movimento está gerando debates entre lideranças políticas também. Os democratas, de maneira geral, manifestaram apoio à causa dos protestos, enquanto vários republicanos os descreveram como "luta de classes".
Para o sábado próximo, há uma manifestação programada no Facebook em Wall Street nomeada como "Call to Action Against Banks" (algo como "Chamado para Ação Contra Bancos"), cuja descrição prometia que os participantes iriam ocupar todos os lugares e pedia que as pessoas visitassem seus bancos.
"Os bancos não vão mais levar nossas casas. Os bancos não vão mais roubar o futuro de estudantes. Os bancos não vão mais destruir o meio ambiente. Os bancos não vão mais financiar a miséria da guerra. Os bancos não vão mais causar desemprego em massa. E os bancos não vão mais lucrar com crise econômica sem resistência", dizia a mensagem.
O presidente da central operária nacional AFL-CIO, Richard Trumka, fez uma declaração pública: o movimento conhecido como Ocupa Wall Street capturou a paixão de milhões de estadunidenses, que perderam a esperança nos políticos desta nação e, agora, com esses atos, falam diretamente a eles. Apoiamos os manifestantes em sua determinação de responsabilizar a Wall Street por suas ações e demandar a criação de empregos. Estamos orgulhosos que hoje em Wall Street, motoristas, pintores, enfermeiras e trabalhadores de serviços básicos unam-se a estudantes, proprietários de casas, desempregados e aos que não têm emprego fixo para fazer um chamado por mudanças fundamentais que precisam ser feitas.

Patrões sonegam R$ 20 bi em hora extra a trabalhador

Os trabalhadores brasileiros deixam de receber por ano R$ 20 bilhões em hora extra sonegada pelos empregadores. O principal motivo, segundo a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), seria a manipulação dos registros da jornada pelas empresas. “O brasileiro trabalha muito mais do que 44 horas semanais e nem recebe por isso”, disse o desembargador Luiz Alberto de Vargas, diretor da entidade.
A implementação de ponto eletrônico nas empresas, para registrar a hora de entrada e saída dos funcionários, ajudaria a coibir a sonegação. Centrais sindicais e ministério do Trabalho tentam há tempos impor essa obrigação às empresas, por meio de uma portaria do próprio ministério. Mas entidades patronais têm resistido, e o governo acaba recuando. A previsão hoje é que entre em vigor em janeiro.
“O ponto é solução para a questão das horas extras dos trabalhadores, por garantir proteção ao trabalhador e segurança jurídica às empresas”, diz a secretária de Inspeção do Trabalho do ministério, Vera Albuquerque.
O não pagamento de hora extra subtrai dinheiro não apenas dos trabalhadores, mas do cofres públicos também, já que uma parte da remuneração vai para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
As centrais sindicais têm pressionado o Congresso a votar a redução da jornada de trabalho de 44 horas semanais para 40 horas. Dominado por empresários - 45% dos parlamentares são empresários, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) - o Congresso tem ignorado apelo.(fonte: Carta Maior)