Os participantes do movimento Occupy Wall Street (Ocupem Wall Street) devem espalhar sua concentração da Baixa Manhattan em Nova York para protestar em diferentes áreas da cidade, segundo a organização das manifestações citada pela emissora americana de TV CNN.
Uma marcha planejada para a tarde desta terça-feira terá entre o roteiro passar em frente a casas de grandes empresários, como o executivo-chefe do JP Morgan, Jamie Dimon, o bilionário David Koch e o presidente da News Corporation, Rupert Murdoch.
Desde o início da ocupação, de acordo com a CNN, os manifestantes não foram para longe do centro da cidade, onde está o epicentro dos protestos no Zuccotti Park.
Ontem, o magnata Russell Simmons, o músico Kanye West e o reverendo Al Sharpton foram ao local apoiar a causa da ocupação, que é contra a ganância que dizem prosperar no centro financeiro de Wall Street, a inaptidão política contra a crise e o poder exercido pelos americanos mais ricos.
De segunda para terça-feira, a polícia de Boston prendeu cerca de 60 pessoas que participavam dos protestos que ecoaram na região, de acordo com o departamento policial local, após desrespeitarem um ultimato para deixarem o bairro que haviam ocupado. Ontem, cerca de 30 pessoas foram presas em Iowa e também já houve detenções em Nova York e Washington.
O movimento está gerando debates entre lideranças políticas também. Os democratas, de maneira geral, manifestaram apoio à causa dos protestos, enquanto vários republicanos os descreveram como "luta de classes".
Para o sábado próximo, há uma manifestação programada no Facebook em Wall Street nomeada como "Call to Action Against Banks" (algo como "Chamado para Ação Contra Bancos"), cuja descrição prometia que os participantes iriam ocupar todos os lugares e pedia que as pessoas visitassem seus bancos.
"Os bancos não vão mais levar nossas casas. Os bancos não vão mais roubar o futuro de estudantes. Os bancos não vão mais destruir o meio ambiente. Os bancos não vão mais financiar a miséria da guerra. Os bancos não vão mais causar desemprego em massa. E os bancos não vão mais lucrar com crise econômica sem resistência", dizia a mensagem.
O presidente da central operária nacional AFL-CIO, Richard Trumka, fez uma declaração pública: o movimento conhecido como Ocupa Wall Street capturou a paixão de milhões de estadunidenses, que perderam a esperança nos políticos desta nação e, agora, com esses atos, falam diretamente a eles. Apoiamos os manifestantes em sua determinação de responsabilizar a Wall Street por suas ações e demandar a criação de empregos. Estamos orgulhosos que hoje em Wall Street, motoristas, pintores, enfermeiras e trabalhadores de serviços básicos unam-se a estudantes, proprietários de casas, desempregados e aos que não têm emprego fixo para fazer um chamado por mudanças fundamentais que precisam ser feitas.
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