Estabelecimento gerido pelos EUA gasta 800 mil dólares por cada um dos 171 detentos, muitos deles mantidos sob custódia mesmo sem acusações formais.
Dados divulgados no diário espanhol El País, e atribuídos ao Departamento de Defesa dos Estados Unidos, apontam Guantánamo como a prisão mais cara do mundo. Os 171 detentos do estabelecimento em Cuba custam aos contribuintes norte-americanos 137 milhões de dólares (cerca de 242 milhões de reais) por ano, ou 800 mil dólares cada (1,4 milhão de reais). Enquanto isso, a média de gastos por pessoa no sistema carcerário em solo americano é de 25 mil dólares (cerca de 45 mil reais) anuais.
A prisão de Guantánamo, aberta em 2002 meses após os atentados de 11 de Setembro, funciona sob a “lógica preventiva”. Os detentos enviados para o local não precisam necessariamente de acusações formais e podem ser mantidos em custódia por tempo indeterminado, desde que os EUA os considerem um risco.
O resultado desta polêmica premissa foi exposto pelo site Wikileaks em maio de 2011, com o vazamento de 759 fichas secretas dos 779 presos que já passaram pelo estabelecimento. De acordo com os documentos, ao menos 150 detidos eram inocentes, entre eles idosos com demência senil, doentes psiquiátricos e professores.
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