sexta-feira, 22 de agosto de 2014

A leitura de mapas na prova do Enem.

A linguagem cartográfica é algo extremamente importante, pois ela configura-se como uma forma de comunicação operada a partir da representação de um dado lugar do espaço em um plano. No Enem, a cartografia pode surgir de duas formas diferentes: com perguntas diretas sobre o tema ou com a utilização dos conceitos para responder a assuntos de outras áreas, o que tem mais a ver com o estilo de prova que o Enem costuma cobrar. 
Confira o exemplo a seguir:
(ENEM – 2013)

                                         Mapa 01 – Distribuição da população Brasileira


                                     Mapa 02 – Conflitos em terras indígenas no Brasil

Os mapas representam distintos padrões de distribuição de processos socioespaciais. Nesse sentido, a menor incidência de disputas territoriais envolvendo povos indígenas se explica pela
a) fertilização natural dos solos.  
b) expansão da fronteira agrícola.  
c) intensificação da migração de retorno.  
d) homologação de reservas extrativistas.  
e) concentração histórica da urbanização. 
 
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Essa questão envolve uma mescla entre diferentes temas: a luta pela terra, o processo de urbanização e a distribuição das atividades no espaço geográfico do Brasil. No entanto, o candidato não necessariamente precisaria saber tudo sobre esses assuntos para conseguir “matar” a questão. Bastaria somente ler corretamente o que foi representado nos cartogramas. 
No Mapa 1, como o título indica, está representada a distribuição espacial da população brasileira, que historicamente se concentrou na região Sudeste, onde, por isso, existem as maiores e mais urbanizadas cidades do país. Podemos perceber, com a observação das legendas, que a maior parte dos quantitativos urbanos encontra-se em zonas litorâneas, com destaque fornecido pelo próprio mapa para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. 
Já no segundo mapa, o título indica a distribuição dos conflitos ocorridos em propriedades indígenas. A figura apresenta três tipos de legendas: “terra indígenas”, “garimpeiros e madeireiros”, e “fazendeiros, posseiros e pressão de políticos locais (conflitos de terras)”. O que podemos notar é que a maioria dos territórios indígenas, bem como os conflitos e luta pela posse de terras para uso, encontra-se na região Norte e no estado do Mato Grosso, além do oeste do Maranhão. 
Comparando, então, os dois mapas, notamos que há um contraponto, em que as áreas já urbanizadas apresentam uma quantidade menor de disputas entre indígenas e outros grupos pela terra, o que já seria suficiente para que o candidato assinalasse a letra E, que é o gabarito oficial da questão. Afinal, as áreas mais urbanizadas são justamente aquelas em que o processo de expulsão e dizimação dos índios já se concluiu inteiramente, o que aconteceu mais intensamente durante o período colonial. 
É por essas e outras que o candidato, ao se preparar para o Enem, deve sempre estar atento sobre o que é necessário para fazer corretamente a leitura dos mapas. Para isso, ele precisa estar por dentro de temas como os tipos de mapas de gráficos, a classificação e os elementos existentes nos mapas temáticos, a orientação pelos pontos cardeais, as legendas e os símbolos dos mapas, o uso e importância das escalas cartográficas, os diferentes tipos e utilidades das projeções e a formação das coordenadas geográficas e seus elementos

Tudo isso poderá ser de grande importância para auxiliar o estudante a resolver exercícios que, a princípio, podem parecer complexos, mas que acabam tornando-se fáceis quando a leitura dos mapas é facilitada. Por isso, mãos à obra e bons estudos!

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

ENEM - ATUALIDADES

Olá, pessoal! O Exame Nacional do Ensino Médio, assim como a maior parte dos vestibulares, possui como um dos seus principais objetivos a realização de uma prova atual e contextualizada com os principais acontecimentos que marcaram o Brasil e o Mundo em um tempo recente. Por esse motivo, o candidato precisa estar ligado nos possíveis assuntos e notícias recorrentes a serem abordados pela banca examinadora. 
É necessário ressaltar que o mais importante ao estudar atualidades para o Enem não é decorar informações aleatórias sobre os principais casos, mas sim possuir um entendimento geral da implicação de tais acontecimentos sobre a contemporaneidade, que podem atingir não só as áreas das ciências humanas, mas todos os campos do conhecimento. 
Um acontecimento, por exemplo, que vem chamando as atenções em nível mundial e que pode gerar uma série de questões nas mais diferentes áreas do saber é a epidemia de ebola na África. Até o momento, centenas de pessoas morreram em algumas partes do continente, o que pode gerar questões tanto na área biológica quanto nos campos referentes aos aspectos históricos e geográficos das regiões africanas, o que ajuda a explicar a proliferação de problemas humanitários nessas áreas. Tais questões, de certa forma, relacionam-se com as raízes do subdesenvolvimento nos países africanos.
Outro assunto que também vem chamando a atenção é a retomada dos históricos conflitos entre Israel e Palestina. Essas questões remontam a tempos históricos de disputas territoriais e geográficas, além de também envolver as relações de poder de influência de grandes potências mundiais, com destaque para os Estados Unidos, principais aliados dos israelenses. Nesse ínterim, é importante uma compreensão geral sobre os principais acontecimentos dessa disputa, incluindo a polêmica criação do Estado de Israel, a importância de algumas regiões como a Faixa de Gaza e até mesmo o Muro de Israel
Além desses eventos, outro assunto importante que pode marcar a abordagem de atualidades no Enem é a postura geopolítica da Rússia, que nos últimos tempos vem adotando uma política mais firme diante de seus principais rivais internacionais: Estados Unidos e União Europeia. O principal ponto nesse âmbito é, sem dúvidas, a disputa de influências na Ucrânia, incluindo a anexação territorial da Crimeia pelos russos e as represálias adotadas pelas potências internacionais. No caso, a grande questão é a ofensiva geopolítica dos países ocidentais sobre a Ásia, sobretudo na zona da antiga União Soviética, que atualmente pode ainda ser considerada como uma região de profunda influência da Rússia. 
Já existem alguns autores, tanto na imprensa quanto nas Ciências Políticas, que afirmam que o mundo está passando pela redefinição de sua Ordem Mundial, em que, de um lado, estariam as potências do mundo desenvolvido, lideradas pelos Estados Unidos, e, de outro, os países emergentes, protagonizados pela Rússia e acompanhados por Brasil, Índia e China. Isso se deve a acontecimentos que envolvem tanto as declarações do governo brasileiro sobre os casos de espionagem praticados pelos EUA quanto à recente reunião da Cúpula dos BRICS, que vem definindo uma postura visando a uma independência econômica desses países em relação aos organismos internacionais, tais como FMI e Banco Mundial

Diante de tantas informações e acontecimentos que marcam o mundo contemporâneo, o candidato que se prepara para o Enem deve sempre estar informado sobre esses e outros casos atuais, buscando informações não só das notícias em si, mas dos conhecimentos históricos, geográficos e naturais que se relacionam a elas. 
Pessoal enviem duvidas e sugestões para o blog. Vou dar prioridade aos artigos de Geografia para o ENEM - 2014 nos meses de agosto, setembro e outubro.

domingo, 3 de agosto de 2014

Sustentabilidade passará a integrar rotina das empresas brasileiras.

A adoção de ações sustentáveis passará a fazer parte da rotina das empresas brasileiras. O Grupo de Trabalho sobre Relatórios de Sustentabilidade reuniu-se pela primeira vez nesta terça-feira (29/07), em Brasília, para definir diretrizes capazes de orientar o governo federal na construção de uma estratégia nacional de promoção de documentos desse tipo. Os relatórios deverão divulgar o desempenho ambiental, social e econômico das organizações, além de estabelecer objetivos e monitorar possíveis impactos. A expectativa é que, até o fim do ano, se formalize documento com sugestões para a formulação da estratégia nacional.
O incentivo à produção dos relatórios ocorre no âmbito do Grupo dos Amigos do Parágrafo 47, um dos legados da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada em 2012. O grupo faz referência ao Parágrafo 47 do documento final da Rio+20 – O Futuro que Queremos –, que reconhece a importância da comunicação e divulgação do impacto ambiental das atividades realizadas pelas empresas. O texto reforça, ainda, o papel dos governos na promoção da transparência das decisões e ações sustentáveis.
Interesse – A participação do empresariado é fundamental na definição da estratégia nacional de incentivo à sustentabilidade na economia brasileira. A secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Regina Gualda, destacou o papel de cada um dos atores envolvidos com o processo. “O interesse do governo é ouvir todos os envolvidos no sentido de formular diretrizes para uma futura política de promoção dos relatórios de sustentabilidade”, afirmou.
O diretor do Departamento de Produção e Consumo Sustentável do MMA, Ariel Pares, destacou o envolvimento da comunidade internacional com a promoção do desenvolvimento sustentável por meio dos relatórios. Para ele, a questão foi um dos destaques da Rio +20 e é essencial que a estratégia nacional seja definida. “O Parágrafo 47 é um compromisso de natureza internacional e tanto os governos quanto o setor empresarial entenderam sua importância”, ressaltou.

A previsão é que o Grupo de Trabalho se reúna periodicamente até o fim do ano para concluir o documento de orientação com recomendações e sugestões para a estratégia nacional. Além dos representantes do MMA e dos ministérios da Fazenda e das Relações Exteriores, o Grupo de Trabalho conta com membros dos seguintes organismos: Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Banco Central, Comissão Brasileira de Acompanhamento de Relatórios Integrados, Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Carbon Disclosure Project (CDP), Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBEDS), Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Global Reporting Initiative (GRI) e Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon). (Fonte: MMA)