A adoção de ações
sustentáveis passará a fazer parte da rotina das empresas brasileiras. O Grupo
de Trabalho sobre Relatórios de Sustentabilidade reuniu-se pela primeira vez
nesta terça-feira (29/07), em Brasília, para definir diretrizes capazes de
orientar o governo federal na construção de uma estratégia nacional de promoção
de documentos desse tipo. Os relatórios deverão divulgar o desempenho
ambiental, social e econômico das organizações, além de estabelecer objetivos e
monitorar possíveis impactos. A expectativa é que, até o fim do ano, se
formalize documento com sugestões para a formulação da estratégia nacional.
O incentivo à produção
dos relatórios ocorre no âmbito do Grupo dos Amigos do Parágrafo 47, um dos
legados da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20), realizada em 2012. O grupo faz referência ao Parágrafo 47 do
documento final da Rio+20 – O Futuro que Queremos –, que reconhece a
importância da comunicação e divulgação do impacto ambiental das atividades
realizadas pelas empresas. O texto reforça, ainda, o papel dos governos na
promoção da transparência das decisões e ações sustentáveis.
Interesse – A
participação do empresariado é fundamental na definição da estratégia nacional
de incentivo à sustentabilidade na economia brasileira. A secretária de
Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente
(MMA), Regina Gualda, destacou o papel de cada um dos atores envolvidos com o
processo. “O interesse do governo é ouvir todos os envolvidos no sentido de
formular diretrizes para uma futura política de promoção dos relatórios de
sustentabilidade”, afirmou.
O diretor do
Departamento de Produção e Consumo Sustentável do MMA, Ariel Pares, destacou o
envolvimento da comunidade internacional com a promoção do desenvolvimento
sustentável por meio dos relatórios. Para ele, a questão foi um dos destaques
da Rio +20 e é essencial que a estratégia nacional seja definida. “O Parágrafo
47 é um compromisso de natureza internacional e tanto os governos quanto o
setor empresarial entenderam sua importância”, ressaltou.
A previsão é que o
Grupo de Trabalho se reúna periodicamente até o fim do ano para concluir o
documento de orientação com recomendações e sugestões para a estratégia
nacional. Além dos representantes do MMA e dos ministérios da Fazenda e das
Relações Exteriores, o Grupo de Trabalho conta com membros dos seguintes
organismos: Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Banco Central,
Comissão Brasileira de Acompanhamento de Relatórios Integrados, Bolsa de
Valores de São Paulo (Bovespa), Carbon Disclosure Project (CDP), Conselho
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBEDS), Centro de
Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas, Federação Brasileira de
Bancos (Febraban), Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC),
Global Reporting Initiative (GRI) e Instituto dos Auditores Independentes do
Brasil (Ibracon). (Fonte: MMA)
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