O
histórico passo anunciado por Washington para normalizar relações com Cuba
representa o primeiro movimento para deixar para trás meio século de tensões.
O presidente americano
Barack Obama anunciou nesta quarta-feira (17/12/2014) o início de um ''novo
capítulo'' nas relações de Washington com Cuba e prometeu que examinará, junto
do congresso, o fim do embargo à Cuba. Obama declarou que era tempo de acabar com
um 'enfoque antiquado' sobre a ilha.
O mandatário ainda
anunciou que o governo revisará a permanência de Cuba na lista de países
patrocinadores do terrorismo. Em um discurso à nação, ele anunciou que os dois
países fizeram um acordo para iniciar vínculos econômicos e de viagens.
Durante a terça-feira
(16-12-2014), Obama teve uma longa conversa telefônica com o líder cubano Raúl
Castro, onde ambos fizeram um acordo para a instalação de embaixadas ''nos
próximos meses.''
O governo dos Estados
Unidos iniciou uma aproximação histórica de Cuba, ao anunciar a normalização
das relações diplomáticas plenas e o alívio de diversas sanções vigentes há
meio século, informou uma fonte da Casa Branca.
Termina
meio século de tensões entre Cuba e Estados Unidos.
O histórico passo
anunciado por Washington para normalizar as relações com Cuba representa o
primeiro movimento para deixar para trás meio século de tensões bilaterais.
Os dois países não
possuem relações diplomáticas formais desde 1961, e em 1977 instalaram
escritórios de interesses em Washington e em Havana, sob o cuidado da embaixada
suíça.
Em 1961 os Estados
Unidos ofereceram suporte logístico para uma invasão de milicianos cubanos à
Cuba, que terminou sem sucesso, com a captura da maioria deles logo que
desembarcaram na região de Playa Girón, ao centro-sul da ilha.
Um ano mais tarde, a
relação bilateral alcançou seu ponto mais crítico depois que aviões americanos
descobriram que misseis soviéticos haviam sido instalados com ogivas nucleares
em várias localidades de Cuba.
A crise dos mísseis deixou
o mundo inteiro em suspense diante da possibilidade de um holocausto nuclear,
até que a União Soviética desativou os mísseis ao mesmo tempo que os Estados
Unidos desativou foguetes que foram instalados na Turquia e se comprometeu a
não invadir a pequena ilha comunista, situada a pouco mais de 100 quilômetros
de suas fronteiras.
Desde então os Estados
Unidos adotou um rígido conjunto de normas que literalmente deixaram Cuba
ilhada do comércio exterior, com exceção dos países socialistas.
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