Flame
espiona e pode sabotar computadores. É provável que o vírus tenha sido criado
em uma parceria Israel-EUA com objetivo de atacar o programa nuclear iraniano.
O poderoso vírus de
computador Flame é capaz não apenas de espionar mas de sabotar sistemas de
computação, e é provável que tenha sido usado para atacar o Irã em abril, de
acordo com a Symantec, uma grande companhia de segurança na computação.
O Irã havia acusado o
Flame de causar perda de dados nos computadores do principal terminal de
exportação de petróleo e no Ministério do Petróleo do país. Mas antes da
descoberta da Symantec, os especialistas haviam descoberto apenas provas de que
o programa espionava conversações entre computadores infectados, e roubava
dados.
Vikram Thakur,
pesquisador da Symantec, informou na quinta-feira que a companhia agora
identificou um componente do Flame que permite que operadores apaguem arquivos
de computadores, o que significa que o vírus pode causar problemas em programas
importantes ou desabilitar completamente um sistema operacional.
“Eles têm a capacidade
de apagar tudo que está armazenado em um computador”, disse Thakur. “Não é algo
teórico, mas sim uma capacidade concreta e presente”.
O Flame surgiu pelo
menos cinco anos atrás e é o mais sofisticado programa de espionagem
cibernética já descoberto. Pesquisadores vêm correndo para compreender melhor
suas capacidades desde que a Kaspersky Lab, de Moscou, identificou o Flame no
mês passado, depois que uma agência da ONU convidou a companhia de segurança na
computação a estudar um vírus que, segundo o Irã, havia sabotado computadores
no país, apagando dados importantes.
Na semana passada,
pesquisadores da Kaspersky Lab associaram parte do código do Flame ao Stuxnet,
arma cibernética supostamente usada pelos Estados Unidos e Israel para atacar o
programa nuclear do Irã. A Symantec confirmou posteriormente que o Flame e o Stuxnet
usam trechos comuns de código.
Funcionários e
ex-funcionários dos serviços de segurança norte-americanos disseram à Reuters
esta semana que os EUA haviam participado da criação do Flame. O jornal
Washington Post reportou que os EUA e Israel haviam desenvolvido o Flame
juntos, para recolher informações sobre o programa nuclear do Irã.
O Irã se queixou de
novo da ameaça de ataques a seus computadores, quinta-feira (21/06), dizendo ter
detectado planos dos EUA, Israel e Reino Unido para um ataque “maciço”, depois
do fracasso de negociações sobre as atividades nucleares de Teerã. Não se sabe
se estavam se referindo ao Flame ou a outro vírus.
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