Há, na Folha de S. Paulo desta terça (06/11/2012), uma reportagem interessante sobre as transformações do setor de comunicação na Argentina. Duas senadoras da base kirchnerista, Nanci Parrilli e Liliana Fellner, apresentaram ao Congresso um projeto de lei que incorpora ao Estatuto do Jornalista Profissional uma “cláusula de consciência”. Na prática, a medida liberta os jornalistas de seus patrões, uma vez que todo profissional que se sentir pressionado a escrever sobre um tema ou uma posição editorial que não corresponda a suas convicções éticas ou morais não terá de fazê-lo. E a empresa jornalística fica proibida de punir ou demitir o profissional. Segundo as senadoras, a nova lei garante a “liberdade ideológica e o respeito à pluralidade de pensamento dos jornalistas”.
No entanto, o patronato argentino desaprova. De acordo com Daniel Dessein, presidente da comissão de liberdade de imprensa da Adepa, associação equivalente à ANJ no Brasil, a medida “torna-se mais um instrumento de avanço contra a imprensa e os negócios jornalísticos independentes”. Ele afirma ainda que a lei é prejudicial aos negócios jornalísticos.
E a tal liberdade de imprensa, a ideia não é essa? O jornalista escrever sem pressão do governo e do seu patrão. Liberdade de informar é isso e não escrever aquilo que alguém, superior deseja e com a força do capital obrigar o jornalista escrever…Isso tem um nome, isso é ditadura dos barões da mídia. Agora fica bem claro o motivo da grande mídia brasileira ter forçado o STF negar a obrigatoriedade do diploma para fazer jornalismo.
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