sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cresce respaldo internacional a Maduro



O governo francês reconheceu nesta quarta-feira (17) Nicolás Maduro como presidente eleito da Venezuela. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores francês, Philippe Lalliot, afirmou que seu governo leva em conta a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, “autoridade competente nessa matéria”. 

Lalliot também afirmou que a França pede “o diálogo e o respeito à ordem institucional”, em referência aos distúrbios vividos pela Venezuela após a oposição exigir a recontagem dos votos. Maduro foi proclamado presidente após ganhar o pleito com 1,7% de votos a mais do que seu principal opositor, Henrique Capriles. 

A França é o terceiro país da União Europeia a manifestar tal reconhecimento. Portugal e Espanha também o fizeram. Ao contrário das dúvidas lançadas sobre a eleição pelo chanceler espanhol, José Manuel García-Margolló, há dois dias, o governo espanhol disse em comunicado terça-feira (17) que “respeita a proclamação por parte do CNE de Nicolás Maduro Moros”. 

Situação semelhante aconteceu com a Organização dos Estados Americanos (OEA). Há dois dias o seu secretário-geral, José Miguel Inzulza, lançou as mesmas dúvidas. Mas em reunião extraordinária da entidade nessa quarta-feira (17), Inzulza disse “desejar ao presidente eleito o maior êxito no cumprimento de suas funções” e se preocupar “com os feitos violentos ocorridos na Venezuela”. A OEA, entretanto, ainda não emitiu comunicado oficial. 

Na América Latina e Caribe, o reconhecimento de Maduro também já foi pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Equador, Bolívia, Colômbia, Chile, Haiti, Nicarágua, Cuba, El Salvador, Guatemala, México, Peru, República Dominicana e Trinidad e Tobago. Também congratularam o novo presidente China, Rússia, Irã, Síria, Índia e África do Sul. 

EUA 
Já o governo dos Estados Unidos segue fomentado a dúvida sobre a legitimidade da eleição de Maduro. O secretário de Estado, John Kerry, disse ao Comitê de Assuntos Estrangeiros da Câmara de Representantes que o reconhecimento ainda "precisa passar por uma avaliação". "Achamos que deve haver uma recontagem", afirmou. 

Na Venezuela, o chefe de campanha de Maduro, Jorge Rodriguez, rechaçou as declarações de Kerry e lembrou que as urnas eletrônicas usadas em seu país são da mesma empresa, Smartmatic, que fornece serviço às eleições dos Estados Unidos. 

“A diferença é que aqui nós fazemos auditoria de 54% das urnas, lá eles fazem zero de auditoria. Exigimos a recontagem das eleições dos EUA como está pedindo o senhor Kerry para Venezuela. Comece por seu próprio pátio, senhor secretário”, disse Rodriguez. Carta Maior

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