sexta-feira, 27 de setembro de 2013

IPCC: alguns pontos para você entender as discussões sobre clima.

Fonte: BBC Brasil.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) divulga na sexta-feira em Estocolmo, na Suécia, um novo relatório no qual pretende estabelecer, com o maior grau de certeza já obtido, o papel das atividades humanas nas mudanças climáticas.
Para ajudar a entender melhor o tema, a BBC preparou uma listou algumas perguntas e respostas sobre a questão:
O que é mudança climática?
O clima do planeta está mudando constantemente ao longo do tempo geológico. A temperatura média global hoje é de cerca de 15ºC, mas as evidências geológicas sugerem que ela já foi muito maior ou muito menor em outras épocas no passado.
Entretanto, o atual período de aquecimento está ocorrendo de maneira mais rápida do que em muitas ocasiões no passado. Os cientistas estão preocupados de que a flutuação natural, ou variabilidade, está dando lugar a um aquecimento rápido induzido pela ação humana, com sérias consequências para a estabilidade do clima no planeta.
O que é 'efeito estufa'?

O efeito estufa se refere à maneira como a atmosfera da Terra "prende" parte da energia do Sol. A energia solar irradiada de volta da superfície da Terra para o espaço é absorvida por gases atmosféricos e reemitida em todas as direções.
A energia que irradia de volta para o planeta aquece tanto a baixa atmosfera quanto a superfície da Terra. Sem esse efeito, a Terra seria 30ºC mais fria, deixando as condições no planeta hostis para a vida.
Os cientistas acreditam que estamos contribuindo para o efeito natural de estufa com gases emitidos pela indústria e pela agricultura, absorvendo mais energia e aumentando a temperatura.
O mais importante desses gases no efeito estufa natural é o vapor de água, mas suas concentrações mostram pouca mudança. Outros gases do efeito estufa incluem dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, que são liberados pela queima de combustíveis fósseis. O desmatamento contribui para seu aumento ao eliminar florestas que absorvem carbono.
Desde o início da revolução industrial, em 1750, os níveis de dióxido de carbono (CO2) aumentaram mais de 30%, e os níveis de metano cresceram mais de 140%. A concentração de CO2 na atmosfera é agora maior do que em qualquer momento nos últimos 800 mil anos.
Qual é a evidência sobre o aquecimento?

Os registros de temperatura, a partir do fim do século 19, mostram que a temperatura média da superfície da Terra aumentou cerca de 0,8ºC nos últimos cem anos. Cerca de 0,6ºC desse aquecimento ocorreu nas últimas três décadas.
Dados de satélites mostram um aumento médio nos níveis do mar de cerca de 3 milímetros por ano nas últimas décadas. Uma grande proporção da mudança nos níveis do mar se deve à expansão dos oceanos pelo aquecimento. Mas o derretimento das geleiras de montanhas e das camadas de gelo polar também contribuem para isso.
A maioria das geleiras nas regiões temperadas do mundo e na Península Antártica estão encolhendo. Desde 1979, registros de satélites mostram um declínio dramático na extensão do gelo no Ártico, a uma taxa anual de 4% por década. Em 2012, a extensão de gelo alcançou o menor nível já registrado, cerca de 50% menor do que a média do período entre 1979 e 2000.
O manto de gelo da Groenlândia verificou um derretimento recorde nos últimos anos. Se a camada inteira, de 2,8 milhões de quilômetros cúbicos, derretesse, haveria um aumento de 6 metros nos níveis dos mares.
Dados de satélites mostram que a capa de gelo do oeste da Antártica também está perdendo massa, e um estudo recente indicou que o leste da Antártica, que não havia mostrado tendências claras de aquecimento ou resfriamento, também pode ter começado a perder massa nos últimos anos. Mas os cientistas não esperam mudanças dramáticas. Em alguns lugares, a massa de gelo pode aumentar, na verdade, com as temperaturas em alta provocando mais tempestades de neve.
Os efeitos de uma mudança climática também podem ser vistos na vegetação e nos animais terrestres. Isso inclui também o florescimento e frutificação precoces em plantas e mudanças nas áreas ocupadas pelos animais terrestres.
Há uma pausa no aquecimento?
Alguns especialistas argumentam que desde 1998 não houve um aquecimento global significativo, apesar do aumento contínuo nos níveis de emissão de CO2. Os cientistas tentam explicar isso de várias formas.
Isso inclui: variações na emissão de energia pelo Sol, um declínio no vapor de água atmosférico e uma maior absorção de calor pelos oceanos. Mas até agora, não há um consenso geral sobre o mecanismo preciso por trás dessa pausa.
Céticos destacam essa pausa como um exemplo da falibilidade das previsões baseadas em modelos climáticos computadorizados. Por outro lado, os cientistas do clima observam que o hiato no aquecimento ocorre em apenas um dos componentes do sistema climático - a média global da temperatura da superfície -, e que outros indicadores, como o derretimento do gelo e as mudanças na fauna e na flora demonstram que a Terra continua a se aquecer.
Quanto as temperaturas vão aumentar no futuro?
Em seu relatório de 2007, o IPCC previu um aumento da temperatura global entre 1,8ºC e 4ºC até 2100.
Mesmo que as emissões de gases do efeito estufa caiam dramaticamente, os cientistas dizem que os efeitos continuarão, porque partes do sistema climático, particularmente os grandes corpos de água e gelo, podem levar centenas de anos para responder a mudanças na temperatura. Também leva décadas para que os gases do efeito estufa sejam removidos da atmosfera.
Quais serão os impactos disso?

A escala do impacto potencial é incerto. As mudanças podem levar à escassez de água potável, trazer mudanças grandes nas condições para a produção de alimentos e aumentar o número de mortes por inundações, tempestades, ondas de calor e secas.
Os cientistas preveem mais chuvas em geral, mas dizem que o risco de seca em áreas não costeiras deverá aumentar durante os verões mais quentes. Mais inundações são esperadas por causa de tempestades e do aumento do nível do mar. Deverá haver, porém, muitas variações regionais nesse padrão.
Os países mais pobres, que estão menos capacitados para lidar com a mudança rápida, deverão sofrer mais.
A extinção de plantas e animais está prevista, por conta de mudanças nos habitats mais rápidas do que a capacidade de adaptação das espécies à estas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que a saúde de milhões de pessoas pode ser ameaçada por aumentos nos casos de malária, doenças transmitidas pela água e malnutrição.
O aumento na absorção de CO2 pelos oceanos pode levá-los a se tornar mais ácidos. Esse processo de acidificação em andamento poderia provocar grandes problemas para os recifes de corais, já que as mudanças químicas impedem os corais de formar um esqueleto calcificado, que é essencial para sua sobrevivência.
O que não sabemos?
Os modelos computadorizados são usados para estudar a dinâmica do clima na Terra e fazer projeções sobre futuras mudanças de temperatura. Mas esses modelos climáticos diferem sobre a "sensibilidade climática" - a quantidade de aquecimento ou esfriamento que ocorre por conta de um fator específico, como a elevação ou a queda na concentração de CO2.
Os modelos também diferem na forma como expressam "feedback climático".
O aquecimento global deverá provocar algumas mudanças com probabilidade de criar mais aquecimento, como a emissão de grandes quantidades de gases do efeito estufa com o derretimento do permafrost (gelo eterno da superfície da Terra). Isso é conhecido como feedback climático positivo (no sentido de adicionar calor).
Mas também existem os feedbacks negativos, que compensam o aquecimento. Por exemplo, os oceanos e a terra absorvem CO2 como parte do ciclo do carbono.
A questão é saber qual o resultado final da soma dessas variáveis.
As inundações vão me atingir?
Detalhes vazados do relatório a ser apresentado nesta semana indicam que no pior cenário traçado pelo IPCC, com o maior nível de emissões de dióxido de carbono, os níveis dos mares no ano 2100 poderiam subir até 97 centímetros.
Alguns cientistas criticam os modelos usados pelo IPCC para calcular esse aumento. Usando o que é chamado de modelo semiempírico, as projeções para o aumento do nível do mar podem chegar a 2 metros. Nessas condições, 187 milhões de pessoas a mais no mundo sofreriam com inundações.
Mas o IPCC deve dizer que não há consenso sobre o enfoque semiempírico e manterá o dado pouco inferior a 1 metro.
O que vai acontecer com os ursos polares?

O estado dos polos Norte e Sul tem sido uma preocupação crescente para a ciência, conforme os efeitos do aquecimento global se tornam mais intensos nessas regiões.
Em 2007, o IPCC disse que as temperaturas no Ártico aumentaram quase duas vezes mais que a média global nos últimos cem anos. O relatório destacou que a região pode ter uma grande variação, com um período quente observado entre 1925 e 1945.
Nos rascunhos do relatório desta semana, os cientistas dizem que há uma evidência maior de que as camadas de gelo e as geleiras estão perdendo massa e que a camada de gelo está diminuindo no Ártico.
Em relação à Groenlândia, que por si só tem a capacidade de aumentar os níveis globais dos mares em 6 metros, o painel diz estar 90% certo de que a velocidade da perda de gelo entre 1992 e 2001 aumentou seis vezes no período entre 2002 e 2011.
Enquanto a extensão média do gelo no Ártico caiu cerca de 4% por década desde 1979, o gelo na Antártica aumentou até 1,8% por década no mesmo período.
Para o futuro, as previsões são bastante dramáticas. No pior cenário traçado pelo IPCC, um Ártico sem gelo no verão é provável até o meio deste século.
E a perspectiva para os ursos polares e para outras espécies que vivem nesse ambiente não é bom, segundo disse à BBC o professor Shang-Ping Xie, do Instituto de Oceanografia da Universidade da Califórnia em San Diego.
"Haverá bolsões de gelo marítimo em alguns mares marginais. Esperamos que os ursos polares sejam capazes de sobreviver no verão nesses bolsões de gelo remanescentes", disse.
Qual a credibilidade do IPCC?
IPCC reconheceu erro em inclusão de previsão sobre fim das geleiras do Himalaia até 2035. A escala global do envolvimento científico com o IPCC dá uma ideia do peso dado ao painel.
Dividido em três grupos de trabalho que analisam a ciência física, os impactos e as opções para limitar as mudanças climáticas, o painel envolve milhares de cientistas de todo o mundo.
O relatório a ser apresentado em Estocolmo tem 209 autores coordenadores e 50 revisões de editores de 39 países diferentes.
O documento é baseado em cerca de 9.000 estudos científicos e 50 mil comentários de especialistas. Mas em meio a esse conjunto enorme de dados, as coisas podem não sair como o esperado.
No último relatório, publicado em 2007, houve um punhado de erros que ganharam grande projeção, entre eles a afirmação de que as geleiras do Himalaia desapareceriam até 2035. Também houve erro na projeção da porcentagem do território da Holanda que ficaria sob o nível do mar.
O IPCC admitiu os erros e explicou que em um relatório de 3 mil páginas é sempre possível que haja alguns pequenos erros. A afirmação sobre o Himalaia veio da inclusão de uma entrevista que havia sido publicada pela revista New Scientist.
Em 2009, uma revisão da forma como o IPCC analisa as informações sugeriu que o painel seja mais claro no futuro sobre as fontes de informação usadas.
O painel também teve a reputação manchada pela associação com o escândalo provocado pelo vazamento de e-mails trocados entre cientistas que trabalhavam para o IPCC, em 2009.
As mensagens pareciam mostrar algum grau de conluio entre os pesquisadores para fazer com que os dados climáticos se encaixassem mais claramente na teoria das mudanças climáticas induzidas pelo homem.
Porém ao menos três pesquisas não encontraram evidências para apoiar essa conclusão.
Mas o efeito final desses eventos sobre o painel foi o de torná-lo mais cauteloso.

Apesar de o novo relatório possivelmente enfatizar uma certeza maior entre os cientistas de que as atividades humanas estão provocando o aquecimento climático, em termos de escala, níveis e impactos a palavra "incerteza" deverá aparecer com bastante frequência.

P.E.A. feminina e analfabetismo.

Rendimento feminino foi 72,9% do masculino, aponta IBGE.
A desigualdade de renda entre homens e mulheres teve um pequeno aumento no Brasil no ano passado, apontam dados da Pequisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012, divulgada nesta sexta-feira (27/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com os dados, em 2012 o rendimento do trabalho feminino representava em média 72,9% rendimento masculino, ou 0,8 ponto percentual a menos do que os 73,7% registrados em 2011. Em média, eles receberam R$ 1.698 no ano passado e elas, R$ 1.238.
A diferença aumentou porque o rendimento masculino, historicamente maior, cresceu 6,2% de 2011 para 2012, enquanto o das mulheres avançou menos, 5%. Esse cenário se repetiu em três das cinco regiões do País – Norte, Nordeste e Sudeste. Nas outras duas (Centro-Oeste e Sul), a diferença entre homens e mulheres diminuiu.
Sudeste desigual
Com os resultados, o Sudeste passou a ser o lugar do País onde a desigualdade de renda entre sexos é a maior: em média, as mulheres que moram em Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro ganhavam, em 2012, 68,8% do que os homens recebiam – ou quase ⅓ a menos.
Os dados da PNAD 2012 também mostram que as mulheres, embora representem 43% da População Economicamente Ativa (PEA), são a maioria (57,8%) entre os desempregados.

No geral, a taxa de desocupação, como é formalmente chamada, recuou 0,8 ponto percentual, de 6,7% para 6,1%. Esse resultado, entretanto, decorre não só do aumento do emprego, mas também da diminuição no número de pessoas que estavam à procura de trabalho.

IBGE
A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos no Brasil registrou um pequeno crescimento entre 2011 e 2012, revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O estudo divulgado nesta sexta-feira (26/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o índice nas cidades brasileiras passou de 8,4% na pesquisa de 2011 para 8,5% em 2012.
De acordo com o IBGE, a série foi harmonizada sem contar os habitantes das zonas rurais da região Norte, já que a pesquisa não atingiu essas áreas em todos os anos. A última vez que a Pnad havia registrado crescimento no índice foi em 1997, quando o índice de 14,7% também foi 0,01 ponto percentual maior que o ano anterior.
A gerente da Pnad, Maria Lúcia Vieira, disse que o fenômeno precisa ser estudado. O aumento ocorreu nas regiões Nordeste (16,9% para 17,4%) e Centro-Oeste (6,3% para 6,7%), entre as pessoas de 40 a 59 anos, que passou de 9,6% para 9,8%, e influenciou a estabilidade da taxa.
“As taxas de analfabetismo entre as populações mais velhas são muito altas, cerca de 30%, enquanto entre a população mais jovem são pequenas. A população vai se escolarizando, a tendência é que o analfabetismo caia. Então, ante a estabilidade ou elevação de 0,1 ponto percentual, precisamos entender melhor o que aconteceu”, comentou ela.
O Nordeste concentrava, em 2012, 54% dos analfabetos de 15 anos ou mais de idade. Entretanto, nos últimos oito anos, foi no Nordeste onde a queda foi mais elevada (de 22,5% para 14,4%). Entre 2011 e 2012, o percentual caiu nas regiões Sul (4,9% para 4,4%) e Norte (10,2% para 10%).
O analfabetismo funcional, que reúne as pessoas com até quatro anos de estudo, entre a população de 15 anos ou mais de idade, caiu de 20,4% para 18,3%. Entre os maiores de 25 anos, o percentual caiu de 15,1% para 11,9% de 2011 para 2012, um contingente de 3,4 milhões de pessoas. Os maiores índices de analfabetos funcionais estão no Norte e no Nordeste, mas o contingente diminuiu em todos os Estados, com destaque para a região Norte que teve redução de 3,4 pontos percentuais.
A Pnad revelou ainda que a taxa de escolarização das crianças e adolescentes foi de 98,2%, mesmo percentual verificado em 2011. Para os jovens de 15 a 17 anos de idade, o percentual dos que frequentavam escola foi de 84,2%, proporção superior à observada em 2011 (83,7%).
Na comparação entre 2011 e 2012, houve aumento do percentual daqueles que possuíam nível fundamental incompleto ou equivalente, de 31,5% para 33,5%. Por outro lado, diminuiu a proporção das pessoas sem instrução e com menos de 1 ano de estudo de 15,1% para 11,9% no mesmo período. O percentual de pessoas com nível superior completo aumentou de 11,4%, em 2011, para 12,0%, em 2012. Assim, em 2012, havia 14,2 milhões de pessoas com nível superior completo, 6,5% a mais que em 2011.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Três multis fogem do leilão de Libra: será que está caindo a ficha, pessoal

19 de setembro de 2013. Por: Fernando Brito

Para entender o que é isso, peço sua paciência para uma introdução necessária sobre o que significa essa desistência.
Compreendo todas as boas e patrióticas intenções de alguns – só de alguns – brasileiros que desejam ver adiado o leilão do megacampo de petróleo de Libra.
Acho, apenas que não deveriam dizer adiar ou suspender, mas cancelar e anular, porque o que querem – e eu também quereria, se fosse possível – é a entrega direta do campo à Petrobras, como sugeriu o geólogo Guilherme Estrela, o maior responsável pela descoberta do pré-sal e um homem a quem este país deveria homenagear em praça pública.
O caso é o seguinte: a Petrobras não tem dinheiro, sozinha, para uma empreitada destas.
Tem todo o resto: tecnologia, capacidade operacional, condições de projetar e encomendar equipamentos e de gerir e administrar sua instalação.
Mas para o dinheiro, não tem solução sozinha.
Tomar emprestado em bancos ou lançando títulos no mercado internacional é endividar a companhia acima do limite prudente. Muito acima, aliás.
A outra alternativa é a composição de um consórcio empresarial onde ela, operadora exclusiva, é ressarcida de investimentos e gastos operacionais na proporção da sociedade ou até maior, com a eventual transferência de parcela da produção futura.
O que vai definir a qualidade desta composição são o tipo do interesse do parceiro e seu timming.
É por isso, e não por informação privilegiada, que há tempos se está afirmando aqui que uma associação dos chineses é o caminho natural. Eles tem sobrando capital e faltando petróleo seguro, por conta de seu crescente consumo e sua dependência, em pouco mais de 50%, de petróleo árabe (Arábia Saudita, Irã, Iraque, Omã e outros).
É nesse quadro que entra a crise aberta com os Estados Unidos por conta da espionagem no Brasil.
As empresas americanas e a eles associadas – Chevron, Exxon, BP, Shell, as remanescentes das “Sete Irmãs”  ficaram sem condições políticas de formar um consórcio exclusivo capaz de enfrentar o capitaneado pelo Brasil. Tanto é assim que a Folha, agora à tarde, anuncia a decisão da BP, BG e Exxon de não participarem do leilão.
E desistiram por uma única razão: sabem que não vão levar. Como as demais sabem que não irão, se não forem procurar um espacinho na composição entre a Petrobras e os chineses.
A pergunta é: quando haverá condições políticas tão favoráveis ao Brasil num leilão deste porte? E se amanhã os entreguistas não estiverem tão emporcalhados como hoje ou até, deus nos livre, voltem ao poder?

Porque adiar é meio caminho andado para perder.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

GERAÇÕES.

O conceito de “gerações” engloba o conjunto de indivíduos nascidos em uma mesma época, influenciados por um contexto histórico, determinando comportamentos e causando impacto direto na evolução da sociedade.
O interesse no estudo sobre o tema nasceu da necessidade percebida pelos gestores em amenizar o conflito de gerações presente nas empresas, já que há profissionais de diferentes faixas etárias convivendo juntos no ambiente de trabalho.
Hoje em dia, há diversos especialistas que realizam essa busca mais profundamente, definindo os fatores que impulsionam cada geração, já que não é possível fazer uma única análise para todas as culturas.

Certamente, após muito estudo e dedicação, chegaremos a um maior entendimento sobre as gerações, já que todas elas transgridem e ousam para buscar o novo, mas de diferentes formas. O importante é encontrar quais os momentos da história que determinaram mudanças e formas de transgressão, observando como isso foi evoluindo.


domingo, 1 de setembro de 2013

Estudo adverte que desaceleração no aquecimento global é temporária.

Uma desaceleração no aquecimento global que os céticos do clima dizem socavar a teoria dos gases de efeito estufa é simplesmente um “hiato” em meio a temperaturas mais elevadas, alertaram cientistas esta quarta-feira (28).
Ao abordar uma das questões mais espinhosas das políticas climática, os cientistas afirmaram que a recente desaceleração se baseia em um resfriamento natural, porém temporário, do Oceano Pacífico tropical.
“O hiato atual é parte da variabilidade climática natural”, afirmaram.
Eventos similares podem voltar a ocorrer, mas avaliados com base em uma escala de tempo de décadas, “(a) tendência de aquecimento muito provavelmente vai continuar com o aumento dos gases estufa”, acrescentaram.
A questão aborda em uma anomalia na ciência climática.
Ao contrário de previsões anteriores, o aquecimento da superfície terrestre nos últimos anos não andou de mãos dadas com níveis crescentes de gases de efeito estufa na atmosfera.
Nos últimos 50 anos, as temperaturas do planeta subiram 0,12ºC por década, em média.
Mas nos últimos 15 anos, a elevação diminuiu a uma taxa de 0,05ºC por década, embora as emissões de combustíveis fósseis tenham continuado a bater recordes.
Os céticos consideraram a discrepância uma prova de que se o aquecimento existe, não é causado pelo homem, mas tem causas naturais, como flutuações no calor do sol.
O novo estudo, publicado na revista científica Nature, utiliza um modelo climático para dizer que o enigma pode ser explicado pela circulação oceânica.
Yu Kosaka e Shang-Ping Xie, do Instituto de Oceanografia Scripps, da Califórnia, decompuseram o calor em um modelo do Pacífico tropical centro e leste, uma região que abrange 8% da superfície do planeta.
Segundo eles, o resfriamento está relacionado a uma tendência incomumente longa, porém natural, similar ao fenômeno La Niña.
Sob influência do El Niño, um acúmulo de águas excepcionalmente quentes cruza do oeste para o leste do Pacífico. No La Niña, acontece o contrário, e o oceano no leste do Pacífico fica mais frio do que o normal. Nos dois casos, podem ocorrer secas extremas ou chuvas torrenciais.
O oceano desempenha um enorme papel na complexa questão do aquecimento global. Ele absorve dióxido de carbono (CO2) e calor na superfície e, então, os mobiliza com ondas e correntes.
Pesquisas anteriores sobre a então chamada “pausa” climática exploraram a ideia de que o calor que faltava era levado para as profundezas marinhas.
O novo estudo, no entanto, sugere outra coisa, afirmou Richard Allan, meteorologista da Universidade Reading, na Grã-Bretanha, em um comentário.
Ele reforça a importância da rotação no vasto corpo que é o Pacífico, mas a uma profundidade relativamente rasa, “particularmente os cem metros mais na superfície ao invés da profundidade abaixo de 1.000 metros”, afirmou.
Dese 1750, quando começou a industrialização, os níveis de dióxido de carbono (CO2) aumentaram 40%. As concentrações aumentaram de 278 partes por milhão para 390,5 ppm em 2011.

No começo do ano, uma estação de monitoramento no Havaí detectou brevemente níveis de CO2 superiores a 400 ppm. (Fonte: Terra)