Rendimento
feminino foi 72,9% do masculino, aponta IBGE.
A
desigualdade de renda entre homens e mulheres teve um pequeno aumento no Brasil no ano passado,
apontam dados da Pequisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012, divulgada
nesta sexta-feira (27/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
De
acordo com os dados, em 2012 o rendimento do trabalho feminino representava em
média 72,9% rendimento masculino, ou 0,8 ponto percentual a menos do que os
73,7% registrados em 2011. Em média, eles receberam R$ 1.698 no ano passado e
elas, R$ 1.238.
A
diferença aumentou porque o rendimento masculino, historicamente maior, cresceu
6,2% de 2011 para 2012, enquanto o das mulheres avançou menos, 5%. Esse cenário
se repetiu em três das cinco regiões do País – Norte, Nordeste e Sudeste. Nas
outras duas (Centro-Oeste e Sul), a diferença entre homens e mulheres diminuiu.
Sudeste
desigual
Com
os resultados, o Sudeste passou a ser o lugar do País onde a desigualdade de
renda entre sexos é a maior: em média, as mulheres que moram em Espírito Santo,
Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro ganhavam, em 2012, 68,8% do que os
homens recebiam – ou quase ⅓ a menos.
Os
dados da PNAD 2012 também mostram que as mulheres, embora representem 43% da
População Economicamente Ativa (PEA), são a maioria (57,8%) entre os
desempregados.
No
geral, a taxa de desocupação, como é formalmente chamada, recuou 0,8 ponto
percentual, de 6,7% para 6,1%. Esse resultado, entretanto, decorre não só do
aumento do emprego, mas também da diminuição no número de pessoas que estavam à
procura de trabalho.
IBGE
A
taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos no Brasil registrou um pequeno
crescimento entre 2011 e 2012, revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad). O estudo divulgado nesta sexta-feira (26/09) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o índice nas cidades
brasileiras passou de 8,4% na pesquisa de 2011 para 8,5% em 2012.
De
acordo com o IBGE, a série foi harmonizada sem contar os habitantes das zonas
rurais da região Norte, já que a pesquisa não atingiu essas áreas em todos os
anos. A última vez que a Pnad havia registrado crescimento no índice foi em
1997, quando o índice de 14,7% também foi 0,01 ponto percentual maior que o ano
anterior.
A
gerente da Pnad, Maria Lúcia Vieira, disse que o fenômeno precisa ser estudado.
O aumento ocorreu nas regiões Nordeste (16,9% para 17,4%) e Centro-Oeste (6,3%
para 6,7%), entre as pessoas de 40 a 59 anos, que passou de 9,6% para 9,8%, e
influenciou a estabilidade da taxa.
“As
taxas de analfabetismo entre as populações mais velhas são muito altas, cerca
de 30%, enquanto entre a população mais jovem são pequenas. A população vai se
escolarizando, a tendência é que o analfabetismo caia. Então, ante a estabilidade
ou elevação de 0,1 ponto percentual, precisamos entender melhor o que
aconteceu”, comentou ela.
O
Nordeste concentrava, em 2012, 54% dos analfabetos de 15 anos ou mais de idade.
Entretanto, nos últimos oito anos, foi no Nordeste onde a queda foi mais
elevada (de 22,5% para 14,4%). Entre 2011 e 2012, o percentual caiu nas regiões
Sul (4,9% para 4,4%) e Norte (10,2% para 10%).
O
analfabetismo funcional, que reúne as pessoas com até quatro anos de estudo,
entre a população de 15 anos ou mais de idade, caiu de 20,4% para 18,3%. Entre
os maiores de 25 anos, o percentual caiu de 15,1% para 11,9% de 2011 para 2012,
um contingente de 3,4 milhões de pessoas. Os maiores índices de analfabetos
funcionais estão no Norte e no Nordeste, mas o contingente diminuiu em todos os
Estados, com destaque para a região Norte que teve redução de 3,4 pontos
percentuais.
A
Pnad revelou ainda que a taxa de escolarização das crianças e adolescentes foi
de 98,2%, mesmo percentual verificado em 2011. Para os jovens de 15 a 17 anos
de idade, o percentual dos que frequentavam escola foi de 84,2%, proporção
superior à observada em 2011 (83,7%).
Na
comparação entre 2011 e 2012, houve aumento do percentual daqueles que possuíam
nível fundamental incompleto ou equivalente, de 31,5% para 33,5%. Por outro
lado, diminuiu a proporção das pessoas sem instrução e com menos de 1 ano de
estudo de 15,1% para 11,9% no mesmo período. O percentual de pessoas com nível
superior completo aumentou de 11,4%, em 2011, para 12,0%, em 2012. Assim, em 2012,
havia 14,2 milhões de pessoas com nível superior completo, 6,5% a mais que em
2011.
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