sexta-feira, 27 de setembro de 2013

P.E.A. feminina e analfabetismo.

Rendimento feminino foi 72,9% do masculino, aponta IBGE.
A desigualdade de renda entre homens e mulheres teve um pequeno aumento no Brasil no ano passado, apontam dados da Pequisa Nacional por Amostra de Domicílios 2012, divulgada nesta sexta-feira (27/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com os dados, em 2012 o rendimento do trabalho feminino representava em média 72,9% rendimento masculino, ou 0,8 ponto percentual a menos do que os 73,7% registrados em 2011. Em média, eles receberam R$ 1.698 no ano passado e elas, R$ 1.238.
A diferença aumentou porque o rendimento masculino, historicamente maior, cresceu 6,2% de 2011 para 2012, enquanto o das mulheres avançou menos, 5%. Esse cenário se repetiu em três das cinco regiões do País – Norte, Nordeste e Sudeste. Nas outras duas (Centro-Oeste e Sul), a diferença entre homens e mulheres diminuiu.
Sudeste desigual
Com os resultados, o Sudeste passou a ser o lugar do País onde a desigualdade de renda entre sexos é a maior: em média, as mulheres que moram em Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro ganhavam, em 2012, 68,8% do que os homens recebiam – ou quase ⅓ a menos.
Os dados da PNAD 2012 também mostram que as mulheres, embora representem 43% da População Economicamente Ativa (PEA), são a maioria (57,8%) entre os desempregados.

No geral, a taxa de desocupação, como é formalmente chamada, recuou 0,8 ponto percentual, de 6,7% para 6,1%. Esse resultado, entretanto, decorre não só do aumento do emprego, mas também da diminuição no número de pessoas que estavam à procura de trabalho.

IBGE
A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos no Brasil registrou um pequeno crescimento entre 2011 e 2012, revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). O estudo divulgado nesta sexta-feira (26/09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o índice nas cidades brasileiras passou de 8,4% na pesquisa de 2011 para 8,5% em 2012.
De acordo com o IBGE, a série foi harmonizada sem contar os habitantes das zonas rurais da região Norte, já que a pesquisa não atingiu essas áreas em todos os anos. A última vez que a Pnad havia registrado crescimento no índice foi em 1997, quando o índice de 14,7% também foi 0,01 ponto percentual maior que o ano anterior.
A gerente da Pnad, Maria Lúcia Vieira, disse que o fenômeno precisa ser estudado. O aumento ocorreu nas regiões Nordeste (16,9% para 17,4%) e Centro-Oeste (6,3% para 6,7%), entre as pessoas de 40 a 59 anos, que passou de 9,6% para 9,8%, e influenciou a estabilidade da taxa.
“As taxas de analfabetismo entre as populações mais velhas são muito altas, cerca de 30%, enquanto entre a população mais jovem são pequenas. A população vai se escolarizando, a tendência é que o analfabetismo caia. Então, ante a estabilidade ou elevação de 0,1 ponto percentual, precisamos entender melhor o que aconteceu”, comentou ela.
O Nordeste concentrava, em 2012, 54% dos analfabetos de 15 anos ou mais de idade. Entretanto, nos últimos oito anos, foi no Nordeste onde a queda foi mais elevada (de 22,5% para 14,4%). Entre 2011 e 2012, o percentual caiu nas regiões Sul (4,9% para 4,4%) e Norte (10,2% para 10%).
O analfabetismo funcional, que reúne as pessoas com até quatro anos de estudo, entre a população de 15 anos ou mais de idade, caiu de 20,4% para 18,3%. Entre os maiores de 25 anos, o percentual caiu de 15,1% para 11,9% de 2011 para 2012, um contingente de 3,4 milhões de pessoas. Os maiores índices de analfabetos funcionais estão no Norte e no Nordeste, mas o contingente diminuiu em todos os Estados, com destaque para a região Norte que teve redução de 3,4 pontos percentuais.
A Pnad revelou ainda que a taxa de escolarização das crianças e adolescentes foi de 98,2%, mesmo percentual verificado em 2011. Para os jovens de 15 a 17 anos de idade, o percentual dos que frequentavam escola foi de 84,2%, proporção superior à observada em 2011 (83,7%).
Na comparação entre 2011 e 2012, houve aumento do percentual daqueles que possuíam nível fundamental incompleto ou equivalente, de 31,5% para 33,5%. Por outro lado, diminuiu a proporção das pessoas sem instrução e com menos de 1 ano de estudo de 15,1% para 11,9% no mesmo período. O percentual de pessoas com nível superior completo aumentou de 11,4%, em 2011, para 12,0%, em 2012. Assim, em 2012, havia 14,2 milhões de pessoas com nível superior completo, 6,5% a mais que em 2011.

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